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Emir Sader: a luta do século XXI é a luta antineoliberal

O sociólogo conversou com a TV 247 sobre o avanço da política neoliberal no mundo e disse que Lula foi quem percebeu a melhor forma de lutar contra o modelo; “Por isso se tornou o líder mais importante dessa fase da esquerda, em nível mundial”, afirmou Sader; ele também falou sobre o cenário político atual, da falta de mobilização popular e da união da esquerda; assista

Emir Sader
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247 - O sociólogo e cientista político Emir Sader falou à TV 247 sobre o avanço da política neoliberal a nível mundial e do papel do ex-presidente Lula contra o neoliberalismo. Ele também comentou o cenário da política brasileira, a falta de mobilização popular e a união da esquerda.

Emir Sader afirmou que a luta do século XXI é contra o neoliberalismo e que Lula foi quem percebeu a melhor forma de lutar contra esta política. “Nas últimas décadas do século passado mudou o mundo, o campo socialista desapareceu, passou a um mundo unipolar sob a hegemonia imperial americana. O capitalismo passou a vestir a cara neoliberal, deixou a fase do bem-estar social e passou a ser neoliberal, o que significa que ser anticapitalista é ser neoliberal, antes de tudo. A luta do século XXI é antineoliberal e o Lula foi quem melhor percebeu a maneira de lutar contra o neoliberalismo, por isso se tornou o líder mais importante dessa fase da esquerda, em nível mundial”.

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O sociólogo também opinou sobre o debate da corrupção pela esquerda. Para ele, o PT deveria ter evitado a tomada do Estado por empresas privadas. “Houve uma visão instrumental do Estado, um sentido de que é um aparelho que você usa para cumprir certos fins, não um Estado que é a representação política da maioria da população. O que o PT não fez foi coibir o assalto ao Estado por parte das empresas privadas. O caso da Petrobrás, um assalto escandaloso, e nem um presidente da Petrobrás ganhou um tostão, mas o PT não coibiu isso. Isso, que é um fenômeno estrutural no país, o PT não coibiu”.

Sobre a situação política atual, Sader explicou que o momento é de guerra híbrida. Ele explicou também que o Brasil foi o primeiro país a aplicar a guerra híbrida de maneira completa. “Nós passamos a ter aquilo a guerra híbrida, é a judicialização da política. A gente sabe que Moro e outros foram formados, com reuniões aqui em São Paulo inclusive, não só trazendo a ideologia mas formando. O Wikileaks mostrou que os segredos captados pelo governo Obama do telefone da Dilma, do ministério da Indústria e Comércio e da Petrobrás foram entregues na mão do Moro, não só formaram o pessoal como instrumentalizaram diretamente, e com essa ideia de que o Judiciário tem o papel de perseguição política, e através da questão moral. Essa é a guerra híbrida, usando aquilo que já existia, o monopólio privado dos meios de comunicação, Congresso financiado por empresas privadas, mas o papel do judiciário que é o definitivo nessa nova fase. O Brasil é o primeiro país em que a guerra híbrida tem o circuito inteiro: derrubar a Dilma, prender o Lula e ganhar a eleição”.  

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Sader também rebateu o argumento de que é preciso mais mobilização popular. O sociólogo explicou que as pessoas só se mobilizam diante de uma saída. “As pessoas se mobilizam primeiro pela indignação de uma situação, segundo por saber que tem uma alternativa e outra é ver uma saída. Se estiver colocada uma saída se mobiliza um tanto de gente”.

Ele também foi contra a tese de que a esquerda estaria desunida. “A esquerda não está desunida, para os temas essenciais, contra esse governo que está aí, contra o modelo econômico, ela está unificada. Acontece que toda a esquerda junta é pouco, o único que rompe tudo isso e chega lá é o Lula, pela linguagem, pelo que ele representa”.  

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