Fachin inclui propina da JBS a Coronel Lima em inquérito contra Temer
Ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, acatou pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incluir em um inquérito que investiga Michel Temer depoimento do executivo da JBS Florisvaldo Caetano de Oliveira; segundo Janot, a mando do diretor da J&F Ricardo Saud, Florisvaldo entregou R$ 1 milhão no escritório do Coronel Lima, amigo e apontado como operador de Temer; negociação, segundo o delator, ocorreu em 2014, época em que Temer era vice-presidente e presidia o PMDB
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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acatou um pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incluir em um inquérito que investiga o presidente Michel Temer na corte um depoimento feito por um delator do grupo J&F que pagava propina a um suposto intermediário do peemedebista.
O depoimento em questão foi prestado pelo executivo da empresa Florisvaldo Caetano de Oliveira no acordo de delação premiada firmado por integrantes do grupo empresarial, que controla a JBS.
Na fala aos procuradores, Florisvaldo afirmou que, a mando do diretor da J&F Ricardo Saud, entregou 1 milhão de reais em um escritório na capital paulista a uma pessoa conhecida por "coronel". Ele disse ter estado lá em duas ocasiões, uma para conhecer o destinatário e combinar a forma de entrega e a segunda para efetivar o repasse.
O "coronel" seria João Baptista Lima Filho, coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo e amigo de Temer. Tanto ele quanto Temer já negaram publicamente terem recebido esse repasse.
A negociação, segundo o delator, ocorreu em 2014, época em que Temer era vice-presidente da República e presidia o PMDB.
No dia 1º de agosto, Fachin autorizou a juntada de uma cópia do depoimento do delator ao inquérito sobre Temer que o investiga por suposto crime de obstrução a investigações.
O depoimento de Florisvaldo fazia parte de uma petição autuada no STF em 23 de maio, dias após a delação de executivos da JBS ter sido homologada por Fachin. Envolve também relato sobre suposto pagamento de propina a intermediários de outros políticos, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
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