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Ideli ganha fôlego para manobrar melhor

Prorrogao de restos a pagar pelo governo amplia margem da manobra da ministra

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Rodolfo Borges_247, de Brasília – A semana foi dura para a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, mas a prorrogação dos restos a pagar de 2009 acalmou a base governista no Congresso Nacional e deu fôlego à articuladora política do governo. A mudança de opinião da presidente Dilma Rousseff, aliás, foi interpretada pela base como fruto dos esforços de Ideli. Dilma não pretendia prorrogar os gastos, mas foi convencida pela ministra, sob o argumento de que muito dos R$ 4,3 bilhões que sobraram de 2009 deixará de ser gasto por motivos que independem do governo federal.

O desempenho de Ideli rendeu elogios do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que organizava o levante da base contra o fim do decreto que prorroga as verbas empenhadas em 2009. A decisão pode ter contrariado Dilma, mas lhe rendeu margem para negociar com a Câmara nos próximos meses. As lideranças da base já baixaram o tom, por exemplo, na defesa da Emenda 29, que aumenta os gastos com saúde sem criar novos impostos.

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Antes do recesso de julho, o governo ainda pretende aprovar as medidas provisórias quem reajustam a alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Físicas e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Com a prorrogação dos restos a pagar, essas prioridades ficaram mais próximas da aprovação. Além do mais, Ideli tem até agosto, quando termina o recesso de julho no Congresso, para tomar fôlego na articulação política enquanto colhe os louros de sua atuação nas negociações.

Depois da decisão, coube ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentar amenizar os efeitos de uma decisão de gastar em meio ao discurso de contenção do governo. Segundo Mantega, não haverá liberação de novas emendas nos próximos três meses. “Essa postergação da validade desses restos a pagar não afeta o resultado fiscal do governo, que vai continuar implementando o corte de R$ 50 bilhões e, portanto, vai ter o resultado fiscal que já foi anunciado de superávit primário acima de 3% até o fim do ano”, disse.

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