Janot tem 30 dias para denunciar Temer
Em seu último mês no cargo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem como maior desafio concluir a terceira denúncia contra Michel Temer, por organização criminosa; a passagem do bastão também se dará em meio a um clima de tensão com a Polícia Federal; Janot intensificou a rotina de trabalho nas últimas semanas para dar conta de todos os casos que ele quer concluir até 17 de setembro, quando a sucessora, Raquel Dodge, assume a caneta; os dois e suas respectivas equipes - com cerca de 12 pessoas cada - já realizaram três reuniões para tratar da transição
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247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entra hoje em seu último mês no cargo. Entre todas as "flechas" que ele ainda pretende atirar em direção ao mundo político, o maior desafio será concluir a terceira denúncia contra Michel Temer, por organização criminosa. A passagem do bastão também se dará em meio a um clima de tensão com a Polícia Federal.
Janot intensificou a rotina de trabalho nas últimas semanas para dar conta de todos os casos que ele quer concluir até 17 de setembro, quando a sucessora, Raquel Dodge, assume a caneta. Os dois e suas respectivas equipes - com cerca de 12 pessoas cada - já realizaram três reuniões para tratar da transição.
O atual comandante da PGR indagou a sucessora sobre o interesse dela em manter o "GT", como é conhecido o grupo de trabalho que cuida das ações da Lava-Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado. A equipe, com 14 procuradores, se colocou à disposição de Raquel para continuar à frente dos trabalhos.
Até o fim de agosto, Janot deve oferecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) a segunda denúncia contra Temer, por crime de obstrução de justiça. A PGR esperava que a delação premiada do operador Lúcio Funaro pudesse "apimentar" a denúncia, mas informações preliminares apontam que o presidente não será atingido de forma significativa.
Mesmo assim, Janot e os demais investigadores acreditam que os relatos feitos na delação premiada do empresário Joesley Batista são mais do que suficientes para concluir que Temer incentivou a compra do silêncio de Funaro e do ex-deputado Eduardo Cunha. Na gravação, Temer também elogiou um suposto suborno de juízes e procuradores por Joesley.
As informações são de reportagem de Murillo Camarotto no Valor.
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