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Jorge Viana questiona GSI por denúncia contra Janot

Durante audiência pública nesta quinta-feira, 10, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o senador Jorge Viana (PT-AC) cobrou do general Sérgio Etchegoyen informações sobre o suposto envolvimento do serviço secreto brasileiro na espionagem de autoridades públicas; "O fato de o presidente Michel Temer por sob suspeição o procurador chefe do Ministério Público, Rodrigo Janot, foi em função de alguma informação que a ABIN passou?", indagou o parlamentar petista; chefe do GSI negou e refutou ainda que tenha havido no âmbito da qualquer ação de espionagem contra o ministro do STF Edson Fachin

Durante audiência pública nesta quinta-feira, 10, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o senador Jorge Viana (PT-AC) cobrou do general Sérgio Etchegoyen informações sobre o suposto envolvimento do serviço secreto brasileiro na espionagem de autoridades públicas; "O fato de o presidente Michel Temer por sob suspeição o procurador chefe do Ministério Público, Rodrigo Janot, foi em função de alguma informação que a ABIN passou?", indagou o parlamentar petista; chefe do GSI negou e refutou ainda que tenha havido no âmbito da qualquer ação de espionagem contra o ministro do STF Edson Fachin (Foto: Aquiles Lins)
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247 - Durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, nesta quinta-feira, 10 de agosto, Jorge Viana (PT-AC) cobrou do general Sérgio Etchegoyen informações sobre o envolvimento do serviço secreto brasileiro na espionagem de autoridades públicas. "O fato de o presidente Michel Temer por sob suspeição o procurador chefe do Ministério Público, Rodrigo Janot, foi em função de alguma informação que a ABIN [Agência Brasileira de Inteligência] passou?", indagou o parlamentar petista. O chefe do GSI negou. Disse que o pedido de suspeição foi tomado pela defesa legal de Temer no STF, para preservar seus direitos particulares. Ele não mencionou a Abin na resposta.

Etchegoyen negou ainda que tenha havido no âmbito da qualquer ação de espionagem contra o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Reportagem da revista Veja, do início de junho, denunciou o caso de espionagem. A ordem teria partido após reunião de Temer com assessores mais próximos, incomodados com a atuação de Fachin, relator da Lava Jato, no acordo de delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista. "Não sei as razões da revista Veja pra fazer uma acusação desta gravidade, que deveria ter vindo acompanhada de provas, que não existiram", disse.

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Outros questionamentos foram apresentados por Jorge Viana a Etchegoyen, que compareceu ao Senado como ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República para prestar esclarecimentos. O senador questionou-o se a Abin tinha conhecimento que o telefone da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, estava sendo monitorado judicialmente. "A ABIN cuidava do Palácio, sabia e averiguava que tinha uma escuta no gabinete da presidenta?", indagou. O ministro respondeu não estava à frente da GSI nessa época e não tinha como esclarecer se o órgão tinha informações a esse respeito.

"A crise foi disparada quando a presidenta Dilma foi monitorada, sem autorização judicial, do seu telefone, na Presidência da República, falando com o ex-presidente Lula", lembrou o petista. "Quem disse que foi um crime, foi o ministro Teori Zavascki. E aquele crime levou pessoas para a frente do Palácio tentando invadi-lo. Aquele crime – que impediu a presidenta Dilma de nomear Lula ministro da Casa Civil – pode ter sido a bala de prata do golpe, que mudou e feriu de morte a democracia brasileira".

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Viana disse que Dilma foi vítima do golpe de Estado, e nunca usou a estrutura do Estado para permanecer no poder. "O atual governo faz – pelo menos é o que nós temos ouvido no noticiário – o possível e o impossível para se manter (no poder) – arranja desculpas para dizer que é para a estabilidade econômica", disse. Segundo o senador petista, as suspeições vão ficar para a história.

Dirigindo-se a Etchegoyen, Viana declarou que o governo Temer é um entrave para o país. "Vossa Excelência está servindo a um governo que não veio das urnas. É parte da crise. Aliás, eu acho que o governo atual é a crise brasileira", declarou. "Nunca vi um governo tão impopular, tão sem respaldo, tão cheio de problemas, que não cumpre nada do que fez e a cada dia fica mais refém do que há de mais fisiológico podre na política brasileira".

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PETRÓLEO

O senador questionou ainda Etchegoyen sobre a necessidade de uma reforma institucional na ABIN, que teria coisas mais importantes a fazer, como ajudar o governo com informações sobre a conjuntura na América do Sul e as disputas geopolíticas. "Está havendo uma crise na Venezuela, que tem a maior reserva de petróleo do mundo", ressaltou Viana, lembrando que o recurso estratégico precisa ser preservado de acordo com o interesse nacional. A produção de petróleo do pré-sal é agora superior à do chamado pós-sal, sendo o país dono de grandes reservas que podem mudar o jogo de poder no mundo.

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Viana comentou que o petróleo é um recurso cobiçado em todo o mundo e já gerou conflitos sérios, como no Oriente Médio, em que os Estados Unidos promoveram uma intervenção militar, mesmo com argumentos frágeis para a sustentar a medida. "A guerra do Iraque foi não teve origem por causa de armas químicas. Foi uma ação dirigida para tratar de questões de geopolítica, econômica, vinculadas ao petróleo", disse.

O senador ressaltou que o o Brasil é alvo por sua importância. "O Brasil é um país que é o tempo inteiro alvo, por conta da Amazônia, pelas reservas que tem, por ser um celeiro importante de alimentos para o mundo, pela posição geográfica e pela liderança que tem... Este é o nosso país", destacou. Etchegoyen reconheceu que o país permanece como alvo de espionagens e precisa neutralizar este tipo de ação.

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