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José Dirceu: "se ele esticar a corda, o 7 de setembro vira contra o próprio Bolsonaro"

"Se ele esticar demais a corda no 7 de setembro, ela pode arrebentar para o lado dele e contra ele", disse o ex-ministro José Dirceu sobre atos golpistas de apoiadores de Jair Bolsonaro que acontecerão no próximo feriado

Manifestação contra Bolsonaro e José Dirceu (Foto: Jornalistas Livres | Lula Marques)
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247 - Em entrevista para o programa Sua Excelência, O Fato (link para a íntegra no fim desse texto) na manhã desta sexta-feira, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu avalia que os atos antidemocráticos chamados por Jair Bolsonaro, contra o STF, contra a Constituição e para chancelar as ameaças que faz ao Estado de Direito podem ser grande revés para ele mesmo. "Há um lado liberal e democrático na direita. Esse lado sempre teve 30%, 35%, 40% do País. Esse lado da sociedade já se descolou do Bolsonaro. Se ele esticar demais a corda no 7 de setembro, ela pode arrebentar para o lado dele e contra ele", diz Dirceu. Perguntado pelo jornalista Luís Costa Pinto, que integra a bancada fixa do programa junto com Eumano Silva, se o "arrebentar de cordas" era, enfim, a senha para o impeachment tramitar conduzido pela centro-direita, Dirceu que "sim".

O ex-deputado e ex-presidente do PT crê que as chances de vitória eleitoral de Lula em 2022 são amplas e que elas se constroem a partir do Nordeste. Dirceu elogiou a agenda de conversas e articulações do ex-presidente na região. Para ele, o PT vem demonstrando maturidade e pragmatismo político na estruturação de alianças. José Dirceu saúda, ainda, a aliança de Geraldo Alckmin com Márcio França em São Paulo, deixando claro que ela dialoga com o lado democrático da sociedade. "Será espetacular ter uma disputa em São Paulo com Boulos, Haddad, Alckmin, e o candidato do Doria", crê. "Talvez, São Paulo tenha percebido que é hora de mudar no estado", diz na entrevista.

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Em que pese persistirem as ameaças de confrontos e conflitos nos atos de rua do dia 7 de setembro, José Dirceu não acha razoável que os movimentos democráticos e o conjunto de movimentos sociais que reagem aos avanços bolsonaristas contra a democracia deixem de se manifestar no Dia da Independência. "Não se deve ir para a Avenida Paulista, mas é claro que demos ter manifestações contrárias a isso. Sem, claro, cair em provocações. Tem de ser algo muito bem organizado, muito estruturado, porque já passamos do tempo de cair em provocações. E haverá infiltrados do lado de lá nos movimentos que nós organizarmos", adverte.

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