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MDB tem articulação interna destinada a levar partido a apoiar Lula em 1º turno. Atual cúpula do partido perde força

Avança em ritmo acelerado negociação entre antigos controladores do MDB para que partido fecha alianças estaduais úteis a Lula e rife Simone Tebet

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Por Luís Costa Pinto, do 247 – Na última segunda-feira, 31 de março, o ex-presidente Lula (PT) encontrou os dois Renans Calheiros da política alagoana – o senador, pai, e o governador do estado, o filho – e autorizou ambos a pavimentar o caminho para uma nova reunião das cúpulas do Partido dos Trabalhadores e do MDB igual à ocorrida em outubro de 2021 na casa do ex-senador Eunício Oliveira em Brasília. 

Conversa semelhante, só com emedebistas, ocorreu em Miami (EUA), no final de dezembro, onde Eunício encontrou o senador Jáder Barbalho, o governador Hélder Barbalho, filho de Jáder, e a deputada Elcione Barbalho. De lá, telefonaram juntos para o ex-senador Romero Jucá, que tentará voltar ao Senado em outubro deste ano. “Agora é Lula”, brincou Jáder, muito à vontade, ao fim das conversas.

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O senador Renan Calheiros, ato contínuo encerrada a reunião com Lula em São Paulo, telefonou para Eunício. Desde então, organiza-se o próximo grande encontro entre o ex-presidente petista e boa parte das experientes raposas emedebistas.

Na última convenção do MDB, em 2020, os líderes de outrora se sentiam derrotados e aceitaram entregar o controle da sigla ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Filho de Wagner Rossi, um dos maiores amigos de Michel Temer em toda a trajetória política do ex-vice-presidente de Dilma Rousseff, Baleia Rossi não consegue se equilibrar entre uma renovação que deseja liderar no MDB e as antigas lideranças partidárias que pretendem voltar em bloco ao Congresso e ao controle da legenda.

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Grandes articulações estaduais em ação no MDB

Eunício narrou a Calheiros, ainda, o “estado da arte” das costuras políticas no Ceará. Operando também a pedido de Lula, o governador cearense Camilo Santana, que disputará o Senado pelo PT, articula a escolha de sua vice-governadora, Izolda Cela (PDT) como candidata à reeleição e chancelada pelos irmãos Cid e Ciro Gomes, que controlam o PDT. 

Caso a escolha recaia sobre o nome de Izolda, que disputaria um mandato apenas, sem direito à reeleição, Eunício, que disputará um mandato de deputado federal esre ano, pode se unir ao amplo palanque que Santana monta no Ceará. No momento, em que pese deixar claro que Sempre apoiará Lula", o ex-presidente do Senado ameaça pôr o MDB cearense numa coligação liderada pelo bolsonarista Capitão Wagner.

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Hélder Barbalho, governador do Pará, espera receber o apoio do PT em seu estado. Em Alagoas, Renan Filho, que deverá se acomodar na disputa para deputado federal, e não mais para o Senado, numa costura local destinada a isolar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), também espera atrair petistas locais. 

Ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney está filiada ao MDB e disputará uma cadeira na Câmara pela legenda. Renan, Eunício e Jáder já ouviram de Roseana que ela tende a subir no palanque de Lula no Maranhão. O ex-presidente José Sarney, que aos 92 anos se dedica a finalizar sua biografia, não se furta a elogiar amplamente as qualidades políticas da articulação empreendida pelo ex-presidente petista na costura de amplo arco de apoio já no 1º turno. 

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“Agora, vamos tratar de convencer o Michel a sair para deputado por São Paulo”, diz, sério, asseverando que não se trata de brincadeira ou balão de ensaio, uma das velhas raposas do MDB. Fala de Michel Temer, 81 anos. “Michel pode ajudar a eleger uma boa bancada do partido em São Paulo”, segue o emedebista da velha guarda até ser lembrado, pelo interlocutor, da proverbial falta de votos do advogado e político paulista que exerceu a presidência da Câmara por três mandatos e ocupou a presidência da República na esteira do golpe jurídico/parlamentar/classista que açulou junto com o ex-deputado Eduardo Cunha e o então senador Aécio Neves em 2016.

Simone Tebet será rifada entre emedebistas

Pré-candidata pelo MDB, oscilando entre 1% e 2% de intenções de voto, em situação de empare técnico nas pesquisas pré-eleitorais, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) já foi avisada pelo próprio presidente da sigla, Baleia Rossi, da dificuldadde de manter o nome dela no cenário em razão da pouca competitividade. 

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Tebet tem sido procurada por interlocutores de João Doria -- que ainda não falou com ela diretamente sobre o tema -- para negociar uma composição entre os dois nomes. Na cabeça de Doria, a chapa seria Doria-Tebet. A senadora, entretanto, até pode aceitar a composição. Dificilmente, contudo, levará seu partido para ela. 

A tendência do MDB, hoje, é seguir na eleição presidencial sem candidato a presidente e sem aliança nacional formal. Ou seja, o MDB ficará como Minas Gerais na piada dos políticos: onde sempre esteve, até o momento em que Dilma lhes abriu a vaga de vice-presidente, em 2010, e deu no que deu. Os emedebistas tentarão eleger um bom número de governadores, farão força para ampliar a bncada federal e voltarem ao protagonismo brasiliense por meio do poder congressual. 

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