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Parlamentares da CPI do Cachoeira querem Delta no foco

"O Cachoeira nesta relação é apenas um instrumento. O principal é a Delta. Não dá para limitar as investigações ao Centro-Oeste", defendeu o senador Pedro Taques (PDT-MT)

Parlamentares da CPI do Cachoeira querem Delta no foco (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
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Agência Senado - Única dos três convocados a falar à CPI do Cachoeira nesta quarta-feira (15), a comerciante Roseli Pantoja da Silva negou qualquer envolvimento com o esquema criminoso do contraventor Carlos Augusto Ramos e disse que teve o nome usado indevidamente para colocá-la como sócia da empresa Alberto & Pantoja Construções, tida como fantasma pela Polícia Federal.

O depoimento de Roseli convenceu os parlamentares, e alguns chegaram a alertar para a importância de a construtora Delta – apontada pela Polícia Federal como ligada às empresas fantasmas de Cachoeira – ser investigada em âmbito nacional. Para estes deputados e senadores, as investigações da CPI devem obrigatoriamente ir além da região Centro-Oeste.

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– Dezesseis empresas fantasmas movimentaram quase R$ 300 milhões com repasses da Delta. Cachoeira é peixe pequeno neste esquema. A Delta é o centro desta organização criminosa e precisa ser investigada. Como Roseli, outras pessoas foram usadas pelo bando – opinou o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).

O senador Pedro Taques (PDT-MT) tem opinião semelhante. Para ele, o principal alvo da CPI deve ser a Delta:

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– O Cachoeira nesta relação é apenas um instrumento. O principal é a Delta. Não dá para limitar as investigações ao Centro-Oeste – argumentou.

Grafia errada

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Logo no início do depoimento, Roseli alertou que dados pessoais dela não coincidiam totalmente com os da Polícia Federal e com os da CPI, o que provocou espanto dos parlamentares. Primeiramente, ela corrigiu a grafia do nome, que é com "I" e não com "Y"; depois não reconheceu o número do CPF apresentado a ela pelo relator Odair Cunha (PT-MG).

– Isso mostra o nível de complexidade da quadrilha. Eles pegaram nomes parecidos e criaram um CPF válido, no endereço dela. Roseli foi usada de forma criminosa pela organização de Cachoeira – avaliou o relator.

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Para o deputado, ficou claro que a quadrilha pode ter utilizado os documentos de Roseli para a criação da Alberto & Pantoja. Odair lembrou que a empresa movimentou R$ 60 milhões, tendo recebido da Delta mais de R$ 25 milhões.

Roseli, que prestou depoimento sem a presença de advogado, informou que o ex-marido, Gilmar Carvalho Moraes, é contador autônomo e certa vez lhe deu uma procuração para abrir uma loja de artigos para roqueiros na Feira dos Importados. Com o documento, ele abriu conta bancária no nome dela, fez compras e deixou de pagar dívidas. Para os integrantes da CPI, o ex-marido de Roseli tornou-se um suspeito e deve ser convocado a depor.

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Detran

O primeiro chamado a depor, o ex-presidente do Departamento de Trânsito de Goiás (Detran-GO), Edivaldo Cardoso de Paula, repetiu prática já comum na comissão ao evocar o direito de ficar em silêncio para não fornecer provas contra si. Edivaldo de Paula é acusado de favorecer os interesses de Cachoeira no órgão de trânsito goiano.

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Outro convocado, Hillner Ananias, que foi segurança do ex-senador Demóstenes Torres, também ficou calado e foi rapidamente dispensado.

Inicialmente, a CPI ouviria também o policial aposentado Aredes Correia Pires, mas ele não foi localizado, e foi reconvocado para o próximo dia 22 de agosto.

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