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Partidos de esquerda articulam frente de oposição contra governo Bolsonaro

Partidos de esquerda como o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) planejam uma forte articulação da frente de esquerda na Câmara e no Senado contra a implementação das políticas neoliberais anunciadas pleo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e sua equipe; "Essa frente é que vai proteger a classe trabalhadora da maior ofensiva que ela vai sofrer nos próximos anos", diz o vice-presidente do PT, Paulo Teixeira

Partidos de esquerda articulam frente de oposição contra governo Bolsonaro (Foto: Agencia Brasil)
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Brasil de FatoAntes mesmo de tomar posse, Jair Bolsonaro (PSL) e sua equipe anunciam a intenção de implementar políticas ultraliberais que podem prejudicar profundamente a classe trabalhadora do país. Em resposta, partidos de esquerda como o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) planejam uma forte articulação da frente de esquerda na Câmara e no Senado.

Outros partidos como PSB e PDT também iniciaram reuniões com o mesmo objetivo. Para Juliano Medeiros, presidente do PSOL, a disputa institucional será essencial no próximo período.

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"O PSOL vai trabalhar para que haja uma ampla unidade, se não formal, como bloco ou como frente, pelo menos uma unidade política no plano institucional. Para nós é importante que a esquerda possa superar eventuais ressentimentos que tenham ficado do processo eleitoral que, nesse momento, não ajudam em nada", afirma Medeiros.

Na opinião de Luciana Santos, presidente do PCdoB, a oposição ao avanço da direita e do conservadorismo no país e na política nunca foi tão necessária. "A primeira palavra é resistência. Nós sabemos o perfil do presidente eleito. A única coisa que produziu na Câmara foi ódio", ressalta Santos. "Por parte do conjunto das forças que o apoiaram vem a imposição de um modelo. O sistema vai se apropriar da candidatura dele para impor sua agenda. Será uma agenda mais liberal do que a do próprio Temer. Será uma agenda ultraliberal no Brasil, uma agenda conservadora e autoritária, ao estilo do próprio candidato", continua.

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Paulo Teixeira, vice presidente do PT, também reforça a importância da articulação. "Essa frente é que vai proteger a classe trabalhadora da maior ofensiva que ela vai sofrer nos próximos anos".

Unidade sem restrições

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Nesta segunda-feira (26), a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, publicou que a formação de uma frente de esquerda sem o PT estaria ocorrendo nas casas legislativas. No entanto, a presidente do PCdoB esclarece que no parlamento brasileiro há uma tradição de formação de blocos a partir da composição de mesas e de comissões de forma rotineira, caso de uma reunião semana passada entre a sigla, o PDT e o PSB.

"É uma articulação eminentemente com o caráter de ação regimental, de deslocamento dentro dos espaços que existem dentro do parlamento brasileiro. A oposição tem que estar cada vez mais unida, coesa e ampla. Não cabe nenhum tipo de reticência ao Partido dos Trabalhadores, muito pelo contrário", defende Luciana Santos.

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Ela ressalta a importância da presença do PT na frente ampla e democrática. "O entendimento que temos é nesse sentido, da necessidade do PT, que é maior bancada da Câmara dos Deputados e vai fazer parte, junto com a gente, e com todos esses partidos, da luta da oposição".

Para Teixeira, deixar o PT de fora da oposição é uma análise equivocada. "A classe trabalhadora pode ter prejuízos enormes causados por uma divisão da esquerda. Não se pode excluir o PT de uma frente de esquerda brasileira", reforça o vice-presidente da legenda.

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Oposição popular

Segundo Juliano Medeiros, para além da frente de esquerda atuando no Congresso, com a eleição de Bolsonaro, a mobilização dos movimentos sociais, organizações da classe trabalhadora, partidos políticos, artistas e intelectuais também se faz necessária.

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"A nossa posição é pela construção de uma frente democrática e achamos que os movimentos sociais tem um papel muito importante para cumprir nisso. Inclusive, levando em conta que devem ser as primeiras vítimas desse processo de criminalização que o governo Bolsonaro já encampou como parte de sua estratégia de perseguição ao seus adversários políticos", comenta o presidente do PSOL.

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