Por vantagens, deputados querem fatiar denúncia contra Temer
Michel Temer já mostrou não poupar esforços — e dinheiro público— para se manter no Planalto; por conta disso, há um grupo cada vez maior de deputados que insiste em "fatiar" a segunda denúncia contra o peemedebista na Câmara; embora a tendência ainda seja de tramitação conjunta das acusações contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), ganha força na Casa a avaliação de que a denúncia merece análise em separado; medida aumentaria o poder de barganha dos deputados, o objetivo é, assim, que assim conseguiriam garantir ainda mais emendas e outras vantagens; o fatiamento da denúncia é defendido pelo Centrão – bloco formado por deputados do PP, PR, PSD, PTB, Solidariedade e PRB
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247 - Aliados de Michel Temer admitem o desmembramento da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Embora a tendência ainda seja de tramitação conjunta das acusações contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), ganha força na Casa a avaliação de que a denúncia merece análise em separado.
“Se houver condição regimental de separar, sou a favor”, disse o vice-líder do PMDB, Carlos Marun (MS). Aliado de Temer na CCJ, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) afirmou que não leu o conteúdo completo da denúncia, mas considerou que, inicialmente, ela deve ser separada. “Por segurança jurídica, não se pode colocar ministros no mesmo patamar do presidente da República. Será que todos praticaram a mesma conduta?”, disse Pinato.
O fatiamento da denúncia é defendido pelo Centrão – bloco formado por deputados do PP, PR, PSD, PTB, Solidariedade e PRB – e pela oposição. “O mais correto é a Câmara processar separadamente porque as consequências são diferentes. No caso do presidente, ele é automaticamente afastado. No caso dos ministros, não há uma previsão na Constituição”, disse o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ).
Se juntarem forças, Centrão e oposição teriam mais da metade dos 66 titulares da comissão, o que poderia atrapalhar os interesses do Planalto.
As informações são de reportagem de Daiane Cardoso no Estado de S.Paulo.
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