Se Aécio vencer, PSDB morre, diz decano do partido
Um dos fundadores do PSDB e um dos nomes históricos do partido, Euclides Scalco, destaca que a legenda corre o risco de "acabar" caso o senador mineiro Aécio Neves vença a disputa interna contra o senador e presidente interino Tasso Jereissati (CE) pelo controle do partido; "Se Aécio derrotar o Tasso nessa disputa o PSDB acaba", afirmou Scalco à jornalista Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico; ele também criticou a adesão do PSDB ao governo Michel Temer recebendo em troca cargos e ministérios, bem como a defesa do parlamentarismo por membros do partido
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247 - Um dos fundadores do PSDB e um dos nomes históricos do partido, Euclides Scalco, destaca que a legenda corre o risco de "acabar" caso o senador mineiro Aécio Neves vença a disputa interna contra o senador e presidente interino Tasso Jereissati (CE) pelo controle do partido.
"Se Aécio derrotar o Tasso nessa disputa o PSDB acaba", afirmou Scalco à jornalista Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico.
Scalco, que coordenou as duas campanhas presidenciais que levaram Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto e foi secretário-geral da presidência, tem condenado a cooptação do PSDB pelas "benesses do poder".
"Não faz, por exemplo, uma única ressalva ao mea culpa que o partido levou ao ar na semana passada em horário nobre. Aprovou forma e conteúdo, inclusive a ausência de tucanos na tela. Atribui a reação interna à carapuça que alguns de seus correligionários vestiram. "Tava na hora de o partido ter alguém que desse um murro na mesa e pusesse ordem na tropa", diz, em respaldo ao senador Tasso Jereissati", avalia a jornalista.
Ao contrário de parte da bancada que defende a adoção do parlamentarismo como sistema de governo, Scaldo "descrê que a mudança no sistema de governo sirva de atalho para tirar o país da crise. "Se somos parlamentaristas teríamos que ter insistido na mudança desde o princípio. Agora é inoportuna", disse Scalco.
Ele também criticou a adesão do PSDB ao governo Michel Temer recebendo em troca cargos e ministérios. Para ele, o partido poderia ter ficado fora do governo pontos convergentes e específicos, como a privatização da Eletrobras, evitando rusgas internas como as decorrentes do "apego da bancada aecista a Furnas.
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