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"Trump fez um ato de guerra numa guerra não declarada", diz Celso Amorim

"Matar uma pessoa dessa forma é inédito nos últimos anos. Isso acontecia nas mãos de terroristas, mas não de um Estado organizado", lembra o ex-chanceler Celso Amorim. Ele diz ainda que o Irã não poderá fazer um ataque frontal aos Estados Unidos. "Eles vão fazer alguma coisa que não resulte numa guerra total. Numa guerra total, o Irã pode ser aniquilado", pontua

(Foto: Editora 247 / Reuters)
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247 – O embaixador Celso Amorim, que foi chanceler no governo Lula e ministro da Defesa no governo Dilma, avalia que o presidente dos Estados Unidos cometeu um ato de guerra, numa guerra não declarada. "Esse foi um ataque a uma figura importantíssima do Estado iraniano e que foi assumida pelo Trump, aparentemente, e pelo Pentágono", disse ele ao jornalista Pedro Zambarda, do DCM.

"Trump fez um ato de guerra de uma guerra ainda não declarada. Muito difícil pensar que não vai haver uma reação. Muito difícil. Não estou justificando uma reação, nem desejando que ela aconteça. Conhecendo o que sei sobre o relacionamento entre os países, acho muito difícil que nada aconteça. Ainda mais depois do que foi falado. O Líder Supremo no Irã [Ali Khamenei] não se manifesta normalmente. Ele fala muito pouco. E se expressou de forma muito forte. Falou em 'vingança'", lembrou ainda Amorim.

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Amorim vê, inclusive, o risco de um ataque israelense ao Irã. "Quem está querendo uma Terceira Guerra Mundial? Mesmo com essas dúvidas, a situação é de risco de altíssimo nível por diferentes motivos. O Irã teve o programa nuclear que Israel sempre enxergou como uma ameaça direta a eles. Imagino que forças de segurança israelenses enxerguem até uma oportunidade nessa situação. Uma oportunidade para haver de fato um ataque ao Irã.  As declarações de autoridades iranianas foram muito fortes. O fato foi forte e é um assassinato. A morte de Muammar Kadafi na Líbia, por exemplo, também foi expressivo, mas isso aconteceu no meio de um combate. Saddam também. Matar uma pessoas dessa forma é inédito nos últimos anos", diz ele.

Sobre a reação iraniana, ele foi cauteloso. "O Irã não poderá fazer um ataque frontal aos Estados Unidos. Eles vão fazer alguma coisa que não resulte numa guerra total. Numa guerra total, o Irã pode ser aniquilado. Não sei exatamente o que aconteceria, mas o poderio americano é indiscutivelmente maior. Mas eles vão fazer alguma coisa que ataque pontos vulneráveis, que vão gerar novas reações.

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