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Brasília

ABJD quer que STF inclua diálogos vazados pelo The Intercept em inquérito

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) protocolou nesta quarta-feira (12/06) uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja incluído no inquérito que investiga fake news que agridem a Corte os conteúdos das reportagens do The Intercept que mostram as combinações entre o juiz Sérgio Moro e procuradores sobre as investigações na operação Lava Jato; caso é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes

ABJD quer que STF inclua diálogos vazados pelo The Intercept em inquérito (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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247 com ABJD - A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) protocolou nesta quarta-feira (12/06) uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja incluído no Inquérito (INQ) 4781 - que investiga notícias fraudulentas (fake news) que agridem a Corte - os conteúdos das reportagens do The Intercept que mostram as combinações entre o juiz Sérgio Moro e procuradores sobre as investigações na operação Lava Jato. Além disso, a entidade apresentou requerimento à Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados solicitando que o ministro da Justiça e Segurança Pública preste esclarecimentos.

Na petição apresentada ao Supremo, a ABJD ressalta que nas mensagens divulgadas pelo The Intercept há referências dos integrantes do Ministério Público Federal, que conduziam as operações da Lava Jato, aos ministros do STF.

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Os procuradores repercutem, por exemplo, a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de liberar entrevista do ex-presidente Lula à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo. "Um clima de revolta e pânico se espalhou entre os procuradores. Acreditando se tratar de uma conversa privada que jamais seria divulgada, eles deixaram explícitas suas motivações políticas", diz a reportagem, que acrescenta: "A procuradora Laura Tessler logo exclamou: "Que piada!!! Revoltante!!! Lá vai o cara fazer palanque na cadeia. Um verdadeiro circo. [...] e a gente aqui fica só fazendo papel de palhaço com um Supremo desse...". "Uma outra procuradora, Isabel Groba, respondeu com apenas uma palavra e várias exclamações: "Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!".

Para a Associação de Juristas, essa é uma das passagens que se enquadra no inquérito instaurado em 14/03 por meio de Portaria nº 69 do presidente da Corte, ministro Dias Tóffoli, e relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, que investiga denunciações caluniosas que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo e de seus membros, extrapolando a liberdade de expressão.

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Sérgio Moro na Câmara

A entidade explica que órgãos da sociedade civil organizada podem fazer proposições à Comissão de Participação Legislativa da Câmara dos Deputados, por isso o requerimento feito pela ABJD para que os deputados aprovem a ida de Sérgio Moro para prestar esclarecimentos.

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"Pelo princípio da imparcialidade, bem determinado na Constituição de 1988, cabe ao juiz fazer a análise imparcial das provas dos autos e das alegações de acusação e defesa, sem qualquer interesse no resultado do processo", explica a entidade.

"Os fatos são extremamente graves e dão mostras de desvios de conduta não apenas éticos e morais, mas de indícios criminosos, a exigir uma investigação rigorosa e séria e ação dos poderes Legislativo e Judiciário", justifica a Associação.

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Em nota divulgada no dia 09/06, após as publicações do The Intercept, a ABJD afirmou que estará entre as entidades que buscará resposta dos órgãos competentes e "exigirá medidas drásticas contra os envolvidos a bem da democracia e da defesa do devido processo legal, obviamente vilipendiado".

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