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Brasília

Em Brasília, manifestantes vão à embaixada para prestar solidariedade ao governo de Cuba

Grupo começou o ato por volta das 13h e busca mostrar apoio à Revolução Cubana, após protestos contra o governo

Protesto acontece nesta terça-feira (13) em frente à embaixada cubana em Brasília (Foto: Nayá Tawane/Brasil de Fato)
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Nayá Tawane, Brasil de Fato - A Embaixada de Cuba no Brasil recebe, nesta terça-feira (13), uma mobilização em solidariedade à revolução cubana. Desde 13h, um grupo de manifestantes se reúne no local. O ato começou tranquilo, com cerca de 50 pessoas em frente à embaixada, em Brasília, o clima era pacífico e um aparato policial pequeno acompanhava a manifestação. Porém, por volta das 14h30 o clima começou a ficar um pouco tenso no local após a chegada de alguns bolsonaristas no local. Cerca de 20 apoiadores do presidente ficaram a cerca de 5 metros dos manifestantes pró-governo de Cuba.

Os militantes em prol da revolução também chegaram a entrar em um pequeno conflito com um jornalista que eles consideraram ser um infiltrado. No entanto, até o momento, nenhuma das situações gerou um grande confronto e foram controladas pelas forças policiais presentes no local.

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De acordo com Rodrigo Rodrigues, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Distrito Federal, a luta é importante pois demonstra que nem mesmo o bloqueio e nem a propaganda contrária a Cuba acaba com o apoio popular à ilha.

"No domingo, nós vimos manifestações que foram incentivadas por redes sociais com uma propaganda contrária ao governo. Mas onde o próprio governo foi dialogar com a população que estava na rua. Dando uma verdadeira demonstração de sensibilidade, de capacidade de construir com o povo as soluções, como Cuba sempre demonstrou", disse.

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Segundo Amanda Corcino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect), os manifestantes são solidários à luta cubana.

"Nós não concordamos com essa ingerência dos Estados Unidos, utilizando de uma dificuldade que já sofre esse povo diante do embargo e das dificuldades que a pandemia trouxe para atentar contra o seu governo e sua democracia. Tem que ser uma questão que tem que ser resolvida pelo povo cubano. Nós respeitamos a soberania daquele país e não concordamos com essa ingerência do imperialismo americano", afirmou.

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De acordo com Erivan Hilário, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a manifestação é importante para mostrar que o povo brasileiro apoia o povo cubano: "Sobretudo, esse país que sempre foi esse guardião da solidariedade, que sempre promoveu a solidariedade. Significa a gente a retribuir com a solidariedade. Seguiremos aqui resistindo".

Convocação pelas redes sociais

Na última segunda-feira (14), houve um pequeno momento de tensão nas manifestações no local. Enquanto ele acontecia, chegaram alguns poucos bolsonaristas, cerca de cinco pessoas, que tentaram desmobilizar o ato, com ofensas e ameaças. Mas, como eles eram poucos, foi possível que os próprios manifestantes e policiais que estavam no local dispersassem o grupo.

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O protesto acontece após Cuba viver uma das maiores manifestações contrárias ao governo, desde o "maleconazo" de 1994, no último domingo (11). Os protestos foram convocados por redes sociais, com a hashtag #SOSCuba, e começaram na cidade de San Antonio de Los Baños, estado de Artemisa, e foram registradas em 20 municípios da ilha, além de outras cidades nos Estados Unidos.

"A razão de fundo é o bloqueio"

Os atos começaram condenando os apagões de eletricidade e a nova onda de contágios da covid-19 e terminaram em gritos de "liberdade, "pátria e vida".

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Logo depois das convocatórias, o presidente cubano visitou o município de San Antonio de los Baños, 36km a oeste de Havana, para dialogar com a população. Ainda no domingo, Miguel Díaz Canel convocou os comunistas cubanos a defender a revolução. "As ruas são dos revolucionários", afirmou em transmissão televisiva em cadeia nacional.

Meios de comunicação internacionais afirmam que existem cerca de 20 detidos, no entanto a informação não foi confirmada pelas autoridades cubanas. Nesta segunda-feira (12), o chefe de Estado cubano convocou seu gabinete de ministros para dar explicações acerca dos problemas que foram denunciados nos protestos.

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Depois de denunciar que as manifestações eram conduzidas pelo imperialismo, Diaz Canel reconheceu a legitimidade de algumas críticas, mas destacou que a razão de fundo para o descontentamento é o bloqueio econômico. "Há uma minoria de contrarrevolucionários que tentou dirigir essas manifestações. Mas aqui temos pessoas insatisfeitas, com incompreensões, com desejo de expressar algum problema", declarou o presidente cubano.

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