Gilmar se declara livre para julgar Eike e critica Janot
O ministro do Supremo Gilmar Mendes apresentou à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, uma manifestação em que rebate as afirmações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a suspensão do ministro como relator do caso de Eike Batista pelo fato de sua mulher trabalhar para um escritório de advocacia que presta serviços ao empresário; Para Gilmar, o pedido de Janot foi um "ataque pessoal" tanto a ele quanto a sua mulher, Guiomar; Gilmar ainda criticou o fato de que a advogada Leticia Ladeira Monteiro de Barros, filha de Janot, trabalha na Braskem, que faz parte do Grupo Odebrecht
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247 - Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou à presidente da Corte, Cármen Lúcia, manifestação rebatendo os argumentos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a suspensão do ministro como relator do caso de Eike Batista, pelo fato de sua mulher trabalhar para um escritório de advocacia que presta serviços ao empresário.
O pedido foi feito por Janot no início do mês, após o ministro determinar a libertação do empresário, que estava preso preventivamente desde janeiro.
As informações são de reportagem de Cristiane Jungblut em O Globo.
"Já na primeira página de sua resposta, Gilmar cita um provérbio português provocativo: 'Ninguém se livra de pedrada de doido nem de coice de burro.' O ministro tem um histórico recente de embates com Janot.
Para Gilmar, o pedido de Janot foi um "ataque pessoal" tanto a ele quanto a sua mulher, Guiomar. "O voluntarismo e a ousadia, estimulados por qualquer tipo de embriaguez, cegueira ou puro despreparo, não devem ser a força motriz de atos processuais. O instituto da arguição de impedimento foi usado como um ataque pessoal ao magistrado e, pior, à sua família", criticou.
O ministro também alegou que a distribuição de casos no tribunal é feita de forma aleatória, e que a sugestão de que ele não estaria apto a julgar Eike mancha a imagem do Supremo.
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Gilmar ainda criticou o fato de que a advogada Leticia Ladeira Monteiro de Barros, filha de Janot, trabalha na Braskem, que faz parte do Grupo Odebrecht.
"A ação do Doutor Janot é um tiro que sai pela culatra. Animado em atacar, não olhou para a própria retaguarda. As verdadeiras vítimas de sua imprudência foram as altas instituições do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República", afirmou, acrescentando que o procurador-geral atuou diretamente na delação da Odebrecht.
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