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Brasília

Para Janot, Temer mudou Justiça a mando de Aécio para frear Lava Jato

Em denúncia criminal apresentada nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sugere que a troca do comando do Ministério da Justiça está relacionada à pressão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e de outros investigados; "Após a deflagração da "Operação Patmos" em 18 de maio de 2017 e a revelação do envolvimento do próprio presidente da República, Michel Temer, em supostos atos criminosos, a pressão do senador Aécio Neves e outros investigados intensificou-se, e Osmar Serraglio foi efetivamente substituído no Ministério da Justiça por Torquato Jardim", diz Janot na denúncia

temer aecio (Foto: Leonardo Attuch)
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BRASÍLIA (Reuters) - Em denúncia criminal apresentada nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sugere que a troca do comando do Ministério da Justiça está relacionada à pressão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e de outros investigados.

"Após a deflagração da "Operação Patmos" em 18 de maio de 2017 e a revelação do envolvimento do próprio presidente da República, Michel Temer, em supostos atos criminosos, a pressão do senador Aécio Neves e outros investigados intensificou-se, e Osmar Serraglio foi efetivamente substituído no Ministério da Justiça por Torquato Jardim", diz Janot na denúncia.

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Janot cita também, a partir do relato das gravações de conversas feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, a chamada "solução Temer" como forma de barrar a operação Lava Jato.

A acusação contra Aécio por corrupção passiva e obstrução de Justiça detalha, a partir de interceptações telefônicas do celular do senador autorizados pelo STF, o incômodo dele com o que considera de atuação "omissiva" do então ministro Osmar Serraglio de não "mexer" na Polícia Federal, subordinada à pasta da Justiça.

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Em um dos diálogos gravados no dia 19 de abril, Aécio e o senador José Serra (PSDB-SP) conversam sobre a atuação de Serraglio. Serra lhe diz que era preciso ter um ministro da Justiça "forte", ao que o tucano mineiro respondeu: "eu também acho, sempre achei."

Na mesma conversa, Serra disse que Aécio, à época presidente do PSDB, poderia mencionar essa situação ao presidente --ele não fala se está se referindo a Michel Temer. "Tudo bem, mas não sei se consigo", responde Aécio. Os dois, em seguida, ficaram de conversar pessoalmente.

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O senador mineiro teve uma série de ligações telefônicas interceptadas em que tentou falar com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, sobre investigações relacionadas a ele. Para a PGR, esse relato confirma a delação feita pelo empresário Joesley Batista.

"Conforme se depreende da dinâmica de diversas ligações, fica claro o interesse de Aécio na designação de um delegado específico para seus inquéritos", escreveu Janot na denúncia.

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Apesar dessa movimentação, Janot destaca na denúncia que ele não teve sucesso na articulação feita, mas que tal conduta confirma o crime.

"O fato de o denunciado não ter logrado, aparentemente, o seu desiderato não desconfigura o crime de embaraço, pelo menos, em sua modalidade tentada, diante de todo o quadro fático revelado na investigação e demonstrado ao longo desta denúncia", afirma Janot.

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O senador alega que o pretexto para os telefonemas era falar dos interesses da corporação na reforma da Previdência

No rol de testemunhas, Janot chamou Osmar Serraglio e o chefe de gabinete de Aécio, Flávio de Alencastro. 

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(Reportagem de Ricardo Brito)

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