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Nordeste

Estados do Nordeste querem contratar 15 mil médicos contra o coronavírus

Situado em uma região desprezada por Jair Bolsonaro, o Consórcio Nordeste, que tem sua Comissão Científica coordenada pelo neurocientista Miguel Nicolelis, criou a Brigada Especial de Saúde, com o objetivo de contratar médicos para atuarem em casos de coronavírus. O consórcio já divulgou duas cartas em repúdio à gestão da crise da covid-19 pelo governo federal

(Foto: 247 | GOVSP | Reprodução)
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247, com Brasil de Fato - O Consórcio Nordeste, grupo formado pelos nove governadores da região, criou a Brigada Especial de Saúde, para multiplicar o número de profissionais com a contratação temporária, por seis meses, de estudantes, médicos formados no exterior e voluntários para atuarem na prevenção e na assistência à população. Governos estaduais nordestinos têm tido uma relação não amistosa com Jair Bolsonaro, que tem rebatido críticas sobre a sua gestão da crise do coronavírus atacando governadores. De acordo com o site do governo sobre atualizações da covid-19, o Brasil tem pelo menos 78,1 mil confirmações e 5,4 mil casos de doença. 

De acordo com o coordenador da Comissão Científica do Consórcio do Nordeste, o neurocientista Miguel Nicolelis, "para 15 mil médicos brasileiros e estrangeiros que estão no Brasil sem poder praticar a medicina, nós estamos oferecendo a nível estadual, em cada estado do Nordeste, a possibilidade de eles fazerem um processo rigoroso de revalidação do seu diploma em seis meses". "Eles vão ter esse componente de ensino-serviço, onde vão estar juntos com as equipes para ir na linha de frente do combate do coronavírus", diz.

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Os nove executivos estaduais da região assinaram uma segunda carta, no dia 27 de março, sobre as medidas de combate à crise de coronavírus e exigiram "respeito por parte da Presidência da República". Também pediram que "cessem, imediatamente, as agressões contra os governadores" por parte de Bolsonaro e manifestaram "profunda indignação" com a campanha "O Brasil Não Pode Parar", favorável ao retorno de algumas atividades, contrariando recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Os governadores do Nordeste haviam divulgado outra carta no dia 25 de março. "Ficamos frustrados com o posicionamento agressivo da Presidência da República, que deveria exercer o papel de liderança e coalizão em nome do Brasil", dizia o texto. 

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Segundo Nicolelis, a estratégia de atuação dos profissionais contratados será feita com base em informações fornecidas pela própria população, por meio do aplicativo "Monitora Covid-19", desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ele afirma que a implantação da medida tem que ser imediata.

"Como as pessoas vão poder fornecer seus dados clínicos pelo aplicativo, a gente vai ter uma noção de onde estão os novos focos e onde estão os pacientes que precisam de ajuda imediata. A Brigada vai ser o braço efetuador dessa estratégia. Armada das localizações onde tão os focos, a Brigada vai agir nos municípios, nos bairros, nas residências, tratando das pessoas e, se for comprovado que elas têm o coronavírus, isolando elas para que não aumente os casos de infectados", explica.

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