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Sudeste

Covid-19: Prefeitura de São Paulo está com trabalho de base paralisado

Quem avalia é Ubiratan de Paula, médico pneumologista da Faculdade de Medicina da USP. “Pelo que converso com as pessoas, falta ação do poder público. Em cada região, precisamos ter uma integração entre educação, assistencial social e a saúde. Essas três esferas podem orientar o distanciamento social. O trabalho de base está paralisado”, criticou

(Foto: Cecília Bastos/Usp Imagens | GOVSP)
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Rede Brasil Atual - A prefeitura da capital paulista se mostra incapaz de formular, coordenar e executar ações necessárias para o controle da transmissão do coronavírus. Na avaliação de Ubiratan de Paula, médico pneumologista da Faculdade de Medicina da USP, a cidade não apresenta um trabalho de base, principalmente nas regiões periféricas.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta segunda-feira (27), Ubiratan afirma que a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) não orienta a população nem promove solidariedade organizada. A capital teve 14 mil casos e 1.133 óbitos confirmados no domingo (26).

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“Pelo que converso com as pessoas, falta ação do poder público. Em cada região, precisamos ter uma integração entre educação, assistencial social e a saúde. Essas três esferas podem orientar o distanciamento social. O trabalho de base está paralisado. A periferia é o novo alvo da pandemia e é preciso de um trabalho solidário da prefeitura e do estado”, criticou o médico.

Apesar do aumento de casos, a prefeitura e o governo de São Paulo cogitam o relaxamento do isolamento social e a abertura de parte do comércio, a partir do 11 de maio. O médico critica a decisão. “Estamos numa curva em ascensão, em que o número de casos dobra a cada oito dias. Ainda temos o problema das notificações por conta da falta de testes. Não cabe pensar em medidas de relaxamento, é preciso aperfeiçoar o isolamento e criar novas ações”, alertou.

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Participação do Estado

Em um artigo no site Viomundo, Ubiratan defende algumas medidas do executivo para o combate do novo coronavírus, como instituir um comitê em cada uma das 32 subprefeituras da cidade.

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Ele também defende que a prefeitura amplie o atendimento da rede básica de saúde para atender as pessoas que necessitam de cuidados médicos durante a pandemia. “Precisamos dar atendimento aos pacientes com doenças crônicas, como pressão alta e diabetes, que foram adiados na pandemia. Essas pessoas não podem ficar um longo período sem atendimento médico”, explica o médico.

O especialista afirma que o governo de São Paulo precisa requisitar os leitos privados para atender toda a população do estado. De acordo com ele, essa necessidade é um reflexo da política de desprestígio do setor público, desde a Emenda Constitucional (EC) 95, que congelou o orçamento por 20 anos e tirou R$ 20 bilhões do SUS.

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“Espero que a pandemia sirva de exemplo para retomarmos o fortalecimento permanente da saúde pública. O governo estadual terá que administrar os leitos privados, mas precisa ser rapidamente. A capital de São Paulo concentra 21% dos casos do país e é preciso fazer a requisição, se não as pessoas vão ficar sem atendimento e não vão sobreviver”, acrescentou Ubiratan.

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