CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Sudeste

Documentos apontam seletividade na PM-RJ: associa-se a Bolsonaro e liga partidos de oposição a vandalismo

De acordo com documentos internos da Polícia Militar do Rio de Janeiro, manifestações contra Jair Bolsonaro são tratadas sempre como eventos com potencial de distúrbios e as mobilizações de seus apoiadores são vistas como inofensivas

Jair Bolsonaro e PMRJ (Foto: Marcos Corrêa/PR | PMRJ)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Registros internos da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) apontaram que a corporação associa a oposição a Jair Bolsonaro a atos de vandalismo. Manifestações contra ele são tratadas sempre como eventos com potencial de confusão e as mobilizações de seus apoiadores são vistas como inofensivas. O teor dos documentos foi publicado em reportagem do portal Uol.

De acordo com a PM, o uso de grande aparato policial, que envolveu batalhões de elite, é motivado pela "possibilidade de grande mobilização de manifestantes em virtude da convocação de adeptos dos partidos políticos opositores e anarquistas, com histórico em atos anteriores desse mesmo gênero, registros de confusões e depredação do patrimônio público". 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A forma de atuação da PM do Rio é inconstitucional, na avalição do sociólogo Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). "A medida da polícia do Rio é frontalmente ilegal, porque trata a mesma ação [a organização de atos públicos] de dois grupos políticos de forma completamente diferente. Está discriminando oficialmente um grupo por sua orientação política e ideológica", critica. 

Deputado estadual e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (PSB-RJ) disse que seu partido deve apresentar nas próximas semanas uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a legalidade das ações da PM.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Nós do PSB recentemente conseguimos liminar no STF sobre operações policiais durante a pandemia. A próxima ação que vamos propor vai ser contra essa forma desigual de atuação em manifestações. Esses documentos mostram que a polícia, ao invés de servir à sociedade, pertence a uma fração que está no governo. O bolsonarismo tem uma de suas bases na polícia", disse.

A PM do Rio afirmou que "dimensiona o planejamento das operações para acompanhar manifestações políticas com base em informações estratégicas e sigilosas, colhidas pelo setor de inteligência". 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO