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Sudeste

Freixo: Bolsonaro é a mistura da cólera com o algoritmo

Deputado socialista defende frente ampla para derrotar bolsonarismo no Rio e se alinha à candidatura presidencial de Lula

Dep. Marcelo Freixo PSOL - RJ (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
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Opera Mundi - No programa 20 MINUTOS ENTREVISTA deste sábado (03/07), o jornalista Breno Altman entrevistou Marcelo Freixo, deputado federal fluminense, agora no PSB, e pré-candidato a governador de seu estado. 

“Estamos indo às ruas porque Bolsonaro é um criminoso”, declarou Freixo, que participou do ato 3J no Rio de Janeiro, antes do início da entrevista, no período da manhã. Ele avalia que a iminência de um golpe é determinada pelos ataques constantes que Jair Bolsonaro promove a contra a democracia. “A reeleição dele marcaria o fim do espírito da Constituição de 1988 e o retorno ao que havia de pior na ditadura militar”, afirma. 

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O parlamentar aponta que, caso reeleito, Bolsonaro poderá escolher mais três ministros no Supremo Tribunal Federal, além de aumentar sua base no Congresso. "Seria um inimaginável período de trevas”, declara. 

Para não banalizar a ferramenta do impeachment, ele defende que “um governo ruim se derrota nas eleições”, mas um “governo criminoso é uma ameaça à vida” e precisaria ser derrubado por atos massivos, como os que vêm ocorrendo desde maio no país, até que se criem as condições de seu impeachment. Ou ao menos produzir um “caldo de cultura para derrotar o governo em 2022”, de acordo com o deputado. 

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Para Freixo, Bolsonaro é a resultante de um fenômeno neofascista que emergiu a partir de 2013, combinando a cólera social provocada pela crise de representatividade a um discurso de medo e ódio, disseminado pelas redes sociais. “O bolsonarismo entendeu antes e melhor o processo dos algoritmos”, disse.

Frente ampla com Lula 

Após 16 anos filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Freixo anunciou sua saída da sigla em 11 de junho deste ano. Alguns dias depois, ingressou no Partido Socialista Brasileiro (PSB), em 22 de junho. Explica que a decisão ocorreu pelo entendimento de que “nesse momento, no Rio de Janeiro, o enfrentamento é contra o crime organizado” e, portanto, “é preciso construir uma força política, uma aliança ampla, com capacidade de fazer frente a isso e derrotar o fascismo”. 

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De acordo com Freixo, a sociedade miliciana a qual Bolsonaro representa, “da arma, da ilegalidade, do racismo”, tem seu berço no estado fluminense. “A milícia toma conta de 58% da capital”, afirmou o deputado. Para ele, a constituição já não vale por ali, sendo que o que impera é o crime.

“Eu acho que o PSB junto com o Partido dos Trabalhadores (PT) tem essa capacidade de frente”, declarou, afirmando que no PSOL teria dificuldade de abranger o diálogo com outros setores da política institucional. “O próprio partido admite isso”, afirmou. Ainda assim, no que depender dele, disse, o PSOL vai estar junto em sua candidatura a governador do Estado do Rio de Janeiro em 2022. 

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Sobre a provável candidatura de Lula nas eleições de 2022, a qual Freixo acredita ser a única capaz de derrotar o atual governo caso Bolsonaro tenha popularidade suficiente para ir a um segundo turno até lá, o parlamentar afirma que o PSB está inclinado a apoiar o ex-presidente. 

“O PSB sabe que a gente quer apoiar Lula nestas eleições e está inclinado a defender a mesma posição”, afirmou, dizendo que sua candidatura será também um palanque estadual na campanha de Lula.

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Terceira via 

O deputado defende que a base do governo, o Centrão, que representa "o velho toma-lá-dá-cá", não é bolsonarista, e está ali por interesse. “Eles pulam de um lado para o outro”, declarou. Avalia como positivo o deslocamento de partidos como PSDB, DEM, MDB em prol do impeachment e declara que “a terceira via não é uma via”. 

Para ele, a união de Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Sérgio Moro, João Dória (PSDB) e agora Eduardo Leite (PSDB) seria “a última tentativa de fazer essa via existir enquanto campo”. 

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Ainda assim, “a melhor coisa que a esquerda tem que fazer é dialogar com a terceira via” e “chamar esses setores de centro para derrotar Bolsonaro”.

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