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Sudeste

Hospital da Uerj reduz pela metade cirurgias e atendimento ambulatorial

De acordo com a direção do hospital, os 200 leitos para internação da unidade serão reduzidos a 100; apesar das dificuldades financeiras da UERJ, ainda são realizados 100 mil procedimentos ambulatoriais e 500 cirurgias por mês - esses números devem ser reduzidos em 40%

De acordo com a direção do hospital, os 200 leitos para internação da unidade serão reduzidos a 100; apesar das dificuldades financeiras da UERJ, ainda são realizados 100 mil procedimentos ambulatoriais e 500 cirurgias por mês - esses números devem ser reduzidos em 40% (Foto: Charles Nisz)
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Da Agência Brasil

O Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em Vila Isabel, zona norte da capital fluminense, começou hoje (19) a reduzir pela metade o número de cirurgias e atendimentos ambulatoriais. A unidade faz o atendimento gratuito de pacientes da cidade e de outros municípios.

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De acordo com a direção, os 200 leitos para internação da unidade serão reduzidos a 100, progressivamente, até que os problemas financeiros do hospital sejam resolvidos. Apesar das dificuldades, ainda são realizados 100 mil procedimentos ambulatoriais e 500 cirurgias por mês. Os números devem ser reduzidos em 40%.

A dona de casa Maria Rodrigues de Freitas, que frequenta o setor de angiologia, foi informada do adiamento de sua cirurgia. “Disseram que vai demorar muito. Minhas pernas estão ficando pretas, ardem, doem. Gasto muito dinheiro com remédio caro e com meias [de compressão], sem poder ”, disse. “Se eu tivesse dinheiro, operava amanhã, mas sou do lar, cuido de duas netas e não tenho dinheiro para isso.”

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A paciente Rosiane da Silva Pontífice tem um problema dermatológico grave e teme pela interrupção do tratamento.“Trato lúpus (inflamação crônica da pele) há oito anos, aqui, já estive em coma e hoje a doença está mais suave. Onde moro, não tem recurso, e hoje tentei fazer exames e não consegui. Isso me deixa muito preocupada, pois se meu tratamento parar, não sei o que será da minha vida, pois não tenho condições de pagar”, disse. “Jaánão há não mais medicamentos no hospital, estou recebendo ajuda de familiares, amigos e vizinhos.”

Funcionários do hospital protestaram hoje em frente à unidade contra os salários atrasados e falta de condições decentes para trabalhar.

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A técnica de enfermagem do hospital Andreia Braga afirmou que o hospital só continua funcionando porque os funcionários estão se revezando para atender os pacientes. “Mas é muito complicado, porque estamos sem condições de trabalhar, em função do nosso terceiro mês sem pagamento e sem o décimo terceiro do ano passado. As pessoas estão ficando doentes, sem condições psicológicas para trabalhar."

Enfermeiro residente, Rodrigo Savin afirmou que a diminuição de leitos prejudica o processo de especialização dos estudantes da unidade. “Estamos aqui em busca de um título de especialistas e, com isso, nossa residência fica prejudicada, pois nos falta campo de prática. Teremos uma redução de conhecimento”, disse.

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De acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda, hoje foram depositados R$ 50 milhões para os servidores públicos, referentes ao salário de abril. O montante representa um valor individual de até R$ 300. Com isso o governo do estado terá pago R$ 1,25 bilhão líquido da folha de abril. O valor líquido da folha do Executivo é de R$ 1,6 bilhão. Segundo a pasta, de acordo com o resultado da arrecadação, será anunciado em breve nova data para novo depósito.

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