Judiciário de São Paulo penhora R$ 17,4 mil de Ciro Gomes
O ex-ministro foi condenado a pagar R$ 13,1 mil em honorários aos advogados de dois jornalistas da Veja. Como não fez o pagamento, o Judiciário determinou a penhora. Revista publicou reportagem envolvendo-o num esquema de extorsão contra empresários do estado. Pedetista queria disse que a revista extrapolou a liberdade de expressão. Justiça não acatou o argumento
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247 - A Justiça de São Paulo determinou a penhora de R$ 17,4 mil do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) no âmbito de um processo por danos morais movido pelo pedetista contra a revista Veja e os jornalistas Nonato Viegas e Hugo Marques. O ex-governador do Ceará perdeu a ação e foi condenado a pagar R$ 13,1 mil em honorários aos advogados dos jornalistas. Como não fez o pagamento, o Judiciário estabeleceu uma multa e determinou a penhora.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o juiz Rogério de Camargo Arruda ordenou que Maria Luiza Gurgel Serpa - ela trabalha com Ciro - deposite os R$ 17,4 mil em uma conta judicial. Ciro ainda pode recorrer da penhora.
O processo foi movido por Ciro em consequência da reportagem "O esquema cearense", publicada nas eleições de 2018. O texto dizia que a Procuradoria da República apurava a existência de um esquema de extorsão contra empresários do estado e afirmava que Niomar Calazans, ex-tesoureiro do PROS, envolvia Ciro no caso.
O ex-ministro disse à Justiça que as acusações eram "levianas, ofensivas e inverídicas" e que a revista, sem dispor de provas, jamais poderia ter publicado o texto. De acordo com Ciro, os jornalistas extrapolaram a liberdade de imprensa para "atacar, ofender e manchar, de forma falaciosa e irresponsável". Ele queria R$ 100 mil de indenização.
Segundo o magistrado, a revista não extrapolou o direito de informar e a reportagem foi sustentada não apenas na entrevista, mas também em delações premiadas homologadas na Operação Lava Jato. Ciro recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), mas também não obteve sucesso.
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