Lava Jato do RJ: decisão de Toffoli é um 'retrocesso'

247 - O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio, Eduardo El Hage, criticou a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de suspender todas as investigações com uso de informações a partir do Coaf.

A medida atendeu pedido feito pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, que é alvo de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro que apura suspeita de prática de "rachadinha" em seu gabinete quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio.

"Para ele, o STF precisa rever a decisão de Toffoli, que classificou como "um retrocesso sem tamanho", pois exige "decisão judicial para utilização dos relatórios do Coaf".

A decisão monocrática do presidente do STF suspenderá praticamente todas as investigações de lavagem de dinheiro no Brasil", disse o procurador Eduardo El Hage.

O procurador disse que espera que a decisão seja revertida pelo plenário do Supremo, que deve analisar a questão em novembro.