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Sudeste

Margarida Salomão chega ao 2º turno como a mais votada em Juiz de Fora e quer ampliação de aliança

“Meu arco de alianças são os do nosso campo e mais as lideranças que se dispuserem a nos apoiar", avalia a candidata a prefeita sobre os apoios que está buscando na disputa do 2º turno em Juiz de Fora

(Foto: Divulgação)
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Por Denise Assis, do Jornalistas pela Democracia 

A deputada federal (PT), Margarida Salomão, está no segundo turno para disputar o cargo de prefeita de Juiz de Fora, cidade polo da Zona da Mata de Minas Gerais, onde nasceu. Para viabilizar a conquista do cargo, ela passou a tarde desta segunda-feira (16/11), ao telefone, fazendo as costuras necessárias para ampliar a sua base de apoio. Cansada, mas feliz por ter ultrapassado esta etapa do pleito, a deputada conversou com o Jornalistas Pela Democracia, sobre o que representa este avanço na disputa e o significado de uma possível pela vitória.

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“Nós estamos neste momento, fazendo conversas tanto com as nossas alianças no nosso campo partidário, como também com várias outras lideranças avulsas. São lideranças locais, que numa eleição municipal tendem a se posicionar depois do primeiro turno. Eu só terei um quadro mais claro no fim da semana, porque as pessoas têm que conversar umas com as outras, têm que fazer reuniões dos seus fóruns partidários, mas essas conversas estão avançando de forma muito promissora. Uma boa expansão da candidatura”, avaliou.

De forma bem pragmática, de modo a viabilizar a sua eleição, definiu entre divertida e disposta, a sua estratégia para o segundo turno: “meu arco de alianças são os do nosso campo e mais as lideranças que se dispuserem a nos apoiar. Eu não vou pedir atestado de antecedentes ideológicos. O que nós precisamos é de apoio para cair o voto na urna e conquistar esta grande vitória”.

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Sobre a motivação para a luta para ser eleita, resumiu: “Juiz de Fora, além de estar entre as 60 maiores cidades brasileiras em termos populacionais, ela tem uma expressão política até acima dessas condições. É uma cidade que recentemente ofereceu ao Brasil um presidente da República, um governador de estado (referindo-se ao ex-presidente Itamar Franco). Teve uma representação de bancada estadual e federal muito forte. É uma cidade com tradição política. Vir a governar Juiz de Fora é uma honra muito grande. E do nosso ponto de vista político, do nosso campo partidário também é muito importante, porque nós estamos num processo de refundação da democracia brasileira. Esta erosão a que a gente vem assistindo nesses últimos anos, desde 2016, e principalmente com a eleição de Bolsonaro, foi uma coisa muito negativa para a vida política brasileira. Então, vir a conquistar a prefeitura é definitivamente para que a gente, a partir da cidade e a partir da experiência da gestão municipal, fortaleça a nossa perspectiva democrática”.

Lembrou que a cidade tem uma tradição progressista no plano nacional, e um voto muito avançado. “E não é agora que ela vota no PT. Ela votou no Riani (deputado estadual pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) desde 1954, e que em 1964 era presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias (CNTI), do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e do Comando Estadual dos Trabalhadores do Estado de Minas Gerais)”.

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Nesta perspectiva, a do voto progressista, destacou que “Juiz de Fora votou no Tarcísio Delgado e no Itamar, que eram contra o regime militar. Ambos se elegeram prefeitos com posições claras contra o regime militar. Então a cidade tem uma tradição democrática forte. E eu acho que esta votação que nos foi concedida é um reencontro com esta tradição. E nesse momento a nossa intenção é levar esse trajeto a bom termo”, reafirmou.

Margarida foi reitora da UFJF por dois mandatos consecutivos e projetou-se no cenário nacional da política. Em sua atuação como coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais, indicou junto ao orçamento da União no ano de 2020 mais de R$ 3,98 milhões em emendas parlamentares individuais para a educação em seu estado.  Durante a campanha, tomando os devidos cuidados sanitários, visitou mais de 60 comunidades, levando o seu discurso de “uma cidade para todos”. O seu adversário será o engenheiro Wilson Rezato (PSB), que há 45 anos atua no ramo da construção civil, e é um adepto do crescimento a qualquer custo. Visões mais opostas, impossível.

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Até aqui, no entanto, parece que os moradores estão mais afinados com as diretrizes propostas por Margarida. Ao término da apuração, às 23h25, a ex-reitora detinha 39,46% dos votos – 102.489 – contra 22,96% do empresário Wilson Rezato, escolhido por 59.633, num contingente de 410.339 eleitores. O eleito terá sob sua gestão uma cidade com população estimada em 573.285 habitantes, sendo o quarto maior colégio eleitoral do estado de Minas Gerais, com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na casa de 0,778, o que é considerado alto.

Assim que terminou a apuração, em que foi constatado o mesmo atraso em todo o país, Margarida dirigiu-se aos eleitores, através de suas redes sociais, agradecendo a todos o apoio recebido.

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“Agradeço os 102489 votos recebidos, nos colocando como a candidata mais votada neste 1° turno. Votação expressiva, bela manifestação de carinho”. Estendeu o agradecimento à cidade de modo geral “pelo excelente processo democrático que vivemos nesse domingo!” e disse esperar poder, neste segundo turno, “aprofundar o processo que pusemos em marcha, de ver a cidade como um direito de todos e de todas, que quer um desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo”. E anunciou, como estratégia, a sua intenção de ampliar a aliança para chegar lá. “A nossa luta é por ampliar essa aliança com a cidade”, antecipou.

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