Negros são apagados do poder Judiciário, critica advogado e reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares

O advogado José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares (SP), fez um alerta sobre a relação entre a população negra e a Justiça brasileira: "Negros restam apagados e invisibilizados em toda a estrutura do poder Judiciário", disse

José Vicente
José Vicente (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)


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247 - O advogado José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares (SP), destacou as dificuldades de os negros terem acesso ao Judiciário. "Negros restam apagados e invisibilizados em toda a estrutura do poder Judiciário. Nós não temos juízes, desembargadores, negros nos Tribunais Superiores", disse ele em entrevista ao site Migalhas

De acordo com uma pesquisa do Conselho Nacional da Justiça, o número de magistrados negros e negras na Justiça é muito baixo. Na Justiça Estadual, Federal e do Trabalho, por exemplo, a quantidade de juízes negros não passa de 1% em cada ramo. A quantidade de magistrados brancos, ocupa a maior faixa entre os perfis "amarelo", "pardo", "preto" e "branco".

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Um levantamento nacional feito pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) de 2018 também apontou que, de 1.941 entrevistados que prestaram concurso para a magistratura estadual, em 1º grau, somente 12 pessoas foram aprovadas para vagas destinadas às pessoas negras, o que representa 0,6%.

"Nós queremos que os operadores de Justiça possam ter muito mais pluralidade e diversidade, e possam ter muitos jovens negros participando das suas estruturas e colaborando para construir uma Justiça que seja plural, diversa e que respeite e valorize a integridade da qual ela própria se constitui,  que é a miscigenação de negros e brancos do povo brasileiro", afirmou.

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