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Sudeste

Nilto Tatto diz que Governo Bolsonaro mente sobre número de agrotóxicos liberados

“De janeiro até agora, foram 410 marcas comerciais de agrotóxicos liberados, mas o Ministério da Agricultura divulgou que foram 382, um número igualmente assustador”, disse o deputado, que é presidente da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara

Brasília- DF. 02-10-2019- Parlamentares do PT durante debate nas comissões da câmara. Deputado Nilton Tatto. Foto Lula Marques (Foto: Lula Marques)
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Do PT na Câmara - O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara, deputado Nilto Tatto (PT-SP), denunciou nesta sexta-feira (4) o governo Jair Bolsonaro por mentir sobre o número de agrotóxicos liberados para uso na agricultura. “De janeiro até agora, foram 410 marcas comerciais de agrotóxicos liberados, mas o Ministério da Agricultura divulgou que foram 382, um número igualmente assustador”, disse ele.

Na série histórica apresentada pelo Ministério da Agricultura, os 28 produtos liberados no primeiro ato do governo Bolsonaro com esta finalidade, publicado no dia 10 de janeiro [confira a tabela abaixo], são computados como se fossem de 2018. “O fato é que foram liberados no atual governo, em publicação no Diário Oficial já com Bolsonaro no cargo de presidente da República”, comentou o parlamentar. Assim, em vez de 382 venenos liberados, conforme informou a pasta da Agricultura na quinta-feira (3), o número verdadeiro é 410.

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Segundo Tatto, não bastasse a permissividade irresponsável da conduta do governo na  área, impondo sérios riscos à saúde da população e ao meio ambiente, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, aderiu ao “modo ‘fake news’ de governo”, com a disseminação de dados fraudulentos das ações da Pasta sob seu comando. “O Ministério divulga uma coisa e os atos administrativos mostram outra”, afirmou o parlamentar.

Manipulação

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Tatto denunciou que o Ministério da Agricultura manipula os dados “para ludibriar a opinião pública”, assim como de forma igualmente desonesta divulga, com base em dados equivocados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que o consumo de agrotóxicos no Brasil, na posição de 2016, correspondeu a apenas 4,3 Kg por hectare, quando o órgão oficial de estatísticas do Brasil, o IBGE, divulga que em 2014 esse indicador já correspondia a 6,7 Kg por hectare (https://sidra.ibge.gov.br/tabela/771#resultado).

“É um tiro no pé contra os interesses do Brasil, pois a liberação indiscriminada de venenos não é só prejudicial à população e ao meio ambiente: a médio e longo prazo vai afetar os interesses do agronegócio, com o fechamento de mercados para as exportações do setor”, ponderou Tatto.

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Ele disse que o governo Bolsonaro vai na contramão do mundo, pois “enquanto outros países produtores de alimentos diminuem o uso de agrotóxicos, em busca de produtos e de um meio ambiente mais saudáveis, aqui estamos aumentando a quantidade de venenos na agricultura, numa verdadeira alucinação”.

Para Tatto, o modelo defendido por Tereza Cristina e a base apoiadora de Bolsonaro é arcaico, pois favorece apenas as grandes indústrias produtoras de venenos que “matam pessoas, têm gerado mais casos de câncer, contaminam as fontes de água e afetam profundamente o meio ambiente em geral”.

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O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo em números absolutos. Em 2017, a agricultura brasileira utilizou 539,9 mil toneladas de venenos, conforme os dados mais recentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Isso custou, na época, US$ 8,8 bilhões — cerca de R$ 35 bilhões no câmbio atual.

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