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Sudeste

Prefeitura de São Paulo transporta usuários da Cracolândia em ônibus lotado

A prefeitura de São Paulo transferiu a população que ocupava a região da cracolândia para uma nova unidade no Bairro do Glicério. O transporte foi feito em ônibus lotados, o que contraria norma da OMS

Cracolândia (Foto: Reprodução)
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Do Brasil de Fato - A Prefeitura de São Paulo fechou, na manhã desta quarta-feira (8), o Atende 2, equipamento para atendimento social da população da região conhecida como Cracolândia. Por conta disso, as pessoas acolhidas pelo equipamento público foram transferidas em um ônibus lotado para uma nova unidade, localizada no bairro do Glicério.

A medida adotada pela prefeitura paulistana contraria as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e, até mesmo, do prefeito Bruno Covas (PSDB), que pedem para que as aglomerações sejam evitadas, como forma de frear a contaminação por coronavírus.

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De acordo com o site da Prefeitura, o Atende 2 acolhia 300 pessoas e tinha capacidade para que 140 dormissem durante a noite. Eram 95 vagas para homens e 45 vagas para mulheres. A nova unidade, onde funcionará o Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica (SIAT) II, recebe 200 pessoas, sendo 100 para pernoite. Os usuários de álcool e drogas terão atendimento prioritário.

A organização Craco Resiste, formada, também, por ex-usuários de drogas e que atua na região da Cracolândia, afirmou que a “Prefeitura está transformando a pandemia em sentença de morte”.

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“Enquanto alguns podem ficar em casa e pedir entrega de comida, outros são aglomerados sem nenhuma condição de higiene. Hoje, a Prefeitura de São Paulo fechou o último serviço que oferecia alimentação, lugar para dormir e torneiras para a população em situação vulnerável da Cracolândia. Esse ônibus é para levar uma pequena parte para outro equipamento no Glicério, longe quilômetros de onde as pessoas vivem. Não tem respeito, tem descaso”, afirma a Craco Resiste em suas redes sociais.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo apresentou apenas detalhes técnicos sobre o SIAT II, mas não explicou por que contrariou as recomendações de especialistas na área da saúde e das autoridades brasileiras e internacionais a respeito do transporte de pessoas durante o período de pandemia do coronavírus.

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