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Sudeste

Servidores se mobilizam contra medidas do governo Pezão

Os servidores estaduais do Rio de Janeiro de diversas categorias fazem um dia de luta e paralisações, contra medidas adotadas pelo governo federal e estadual; trabalhadores da educação vão paralisar as atividades, e os da saúde vão realizar mobilizações ao longo do dia; o governador Luiz Fernando Pezão sancionou a lei que autoriza o governo a aderir ao Plano de Recuperação Fiscal junto à União e assim receber ajuda financeira do governo federal

Os servidores estaduais do Rio de Janeiro de diversas categorias fazem um dia de luta e paralisações, contra medidas adotadas pelo governo federal e estadual; trabalhadores da educação vão paralisar as atividades, e os da saúde vão realizar mobilizações ao longo do dia; o governador Luiz Fernando Pezão sancionou a lei que autoriza o governo a aderir ao Plano de Recuperação Fiscal junto à União e assim receber ajuda financeira do governo federal (Foto: Leonardo Lucena)
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Jornal do Brasil - Os servidores estaduais do Rio de Janeiro de diversas categorias fazem um dia de luta e paralisações nesta quarta-feira (30), contra medidas adotadas pelo governo federal e estadual. Trabalhadores da educação vão paralisar as atividades, e os da saúde vão realizar mobilizações ao longo do dia. 

"Hoje nós temos um dia de luta e vamos denunciar o sucateamento na educação, na saúde e na segurança, provocadas pelo governo do estado e federal", disse a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Marta Moraes.

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Um ato está sendo convocado para às 15h em frente a Igreja da Candelária, no Centro do Rio, que seguirá até a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). "Vamos cobrar uma resposta do governo. As pessoas estão morrendo nas filas de hospitais e as escolas estão abandonadas. Nós precisamos de investimento", acrescentou Marta. 

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, sancionou em meados de junho deste ano a Lei 7.629/17 que autoriza o governo a aderir ao Plano de Recuperação Fiscal junto à União e assim receber ajuda financeira do governo federal.

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Os parlamentares incluíram, por meio de emendas à Lei, trechos que garantem os direitos adquiridos dos servidores estaduais, como triênios e licenças prêmio e autorizam a convocação de candidatos aprovados em concursos já realizados. 

Uma das emendas negadas por Pezão previa que o plano de cargos e salários estaduais não fosse alterado pelo Regime de Recuperação Fiscal. Pezão vetou o artigo, argumentando que poderia aumentar despesas. De acordo com o projeto, o estado do Rio não pode criar cargos ou funções, realizar concursos públicos, admitir funcionários, entre outros.

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Com os vetos, as leis valem como foram publicadas, mas os projetos voltam para votação na Alerj nesta quarta-feira. No plenário da assembleia, os deputados decidem se mantêm as rejeições de Pezão ou se atualizam o texto derrubando os vetos.

"Agora nós estamos trabalhando para derrubar o veto do Pezão. O governo do estado se comprometeu desde 2014 com esse plano e não fez. É o único plano de cargos que não foi reformulado no constitucionalismo fluminense. Hoje é dia de luta em prol da reformulação, porque legalmente o estado tem essa obrigação", disse o diretor da Associação dos Servidores da Vigilância Sanitária do Estado do Rio (Asservisa), André Ferraz. 

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Ele explica que caso aprovado o veto do governador, “não serão mais autorizados gastos com pessoal dessa categoria”. "Existe uma tentativa do governo estadual e federal de desmontar o serviço publico, privatizando as empresas públicas e introduzindo o estado mínimo em desfavor dos direitos da população e dos seus setores", completou André. 

Outras categorias

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Diversas categorias do Serviço Público Federal, como a Fiocruz, também vão aderir à data. O Arquivo Nacional, por exemplo, foi notificado pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal sobre a greve. 

A Associação dos Servidores do Arquivo Nacional (Assan) destaca em nota que "motivos não faltam para a paralisação, entre o desmonte do Serviço Público com os cortes de verbas, os projetos de demissão voluntária de servidores e organização de concursos apenas para servidores temporários, ou mesmo a recente campanha de privatizações". 

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"O país está sendo destruído e o Serviço Público é que vai sofrer diretamente", reforça a associação de servidores, que alertam que terceirizados foram demitidas em junho no Arquivo, e que a diretoria ainda pretenderia efetuar mais demissões. "Como isso também não vai resolver nada, fatalmente demitirá quase todos até o fim do ano."

A CSP-Conlutas também apoia e participará da luta dos servidores do Rio de Janeiro, e conclamou todas as centrais sindicais, entidades e movimentos sociais para a construção de uma greve geral. A entidade reforça que mais de 200 mil servidores públicos estaduais, entre trabalhadores ativos, aposentados e pensionistas, continuam com os salários atrasados, sem o pagamento do 13º salário do ano passado e enfrentando péssimas condições de trabalho.

“As pessoas estão sem dinheiro para comer, sem dinheiro para sair de casa. Precisamos falar sobre depressão e casos de suicídio na categoria”, diz a servidora estadual aposentada Maristela Farias, durante ato realizado pela CSP-Conlutas no dia 2 de agosto em solidariedade à categoria.

Para a central sindical, o cenário é resultado da política de ajuste fiscal aplicada pelos governos, "após falirem o Rio de Janeiro com corrupção, isenção de impostos bilionários às empresas e com a aplicação de uma política a favor dos ricos e poderosos". “Depois de falirem o estado, querem que os trabalhadores e a população sejam novamente penalizados, enquanto os recursos públicos continuam sendo desviados para a corrupção e para o pagamento da dívida pública a grandes banqueiros e especuladores”, afirma Rita de Souza, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

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