Wadih Damous: reitor é vítima do estado policial
"Este é o preço a pagar pelo suposto combate à corrupção?", questiona o deputado federal, que indaga ainda "até quando o estado de exceção vai produzir esse tipo de vítima", depois do suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier; Damous condena o que chama de "linchamento moral público" e afirma que "o que se faz, na verdade, é tentar passar a impressão ao povo de que se está combatendo a corrupção e transformar em réu previamente quem pode não ser, quem pode ser inocente"; assista
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247 – O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) divulgou um vídeo nas redes sociais para protestar contra o que chama de "linchamento moral público" por parte das autoridades em investigações recentes de corrupção, como a que levou ao suicídio o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, que se dizia inocente e chegou a ser preso e humilhado.
"Olha, eu não sei se o reitor era culpado ou inocente. Neste momento, isso pouco me interessa. O dado objetivo é que ele foi humilhado, sem culpa formada, foi desmoralizado. Com as ações espetaculosas da Polícia Federal, com anuência do Ministério Público Federal e do Judiciário Federal, ele não aguentou", diz Damous.
O deputado acredita que o reitor, que estava depressivo após a deflagração da Operação Ouvidos Moucos, da qual era alvo, segundo relatos de pessoas próximas, "provavelmente era achincalhado, provavelmente os vizinhos estavam lhe virando as costas, provavelmente os colegas de universidade já não lhe davam nem 'bom dia'". "Este é o preço a pagar pelo suposto combate à corrupção?", questiona o parlamentar no vídeo.
"Até quando o estado de exceção vai produzir esse tipo de vítima? Não prender preventivamente, não humilhar, não desmoralizar, não algemar, não colocar dentro do camburão, não invadir a casa, o apartamento... isso é incompatível com combater a corrupção? Obviamente que não", continua o deputado, que é advogado.
"O que se faz, na verdade, é tentar passar a impressão ao povo de que se está combatendo a corrupção e transformar em réu previamente quem pode não ser, quem pode ser inocente", denuncia Wadih Damous. Assista abaixo:
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