Zema quer volta às aulas presenciais com escolas sem banheiro e cidades de MG com UTIs lotadas
Professora Denise Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE-MG, afirma que não houve investimento mínimo em infraestrutura para que fosse possível a volta às aulas presenciais
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Por Marcelo Costa, para o 247 - O governador Romeu Zema (NOVO) anunciou nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, o retorno das aulas presenciais em Minas Gerais mesmo com escolas sem infraestrutura adequada ou uma perspectiva de vacinação em massa no estado. A denúncia é da coordenadora-geral do Sind-UTE-MG, Denise Romano, professora da rede estadual de Minas Gerais.
O governo mineiro quer um “retorno híbrido” às escolas, ou seja, os pais que desejarem poderão enviar seus filhos para as escolas. Denise Romano reclama que não houve investimento mínimo em infraestrutura para que fosse possível a volta às aulas presenciais.
“Das mais 3600 escolas (de Minas Gerais), 1027 escolas não têm banheiro para funcionários. São instalações sanitárias compartilhadas. 900 escolas não têm refeitório. Os alunos merendam sentados no chão”, informou Denise Romano. “Nós estamos na escola, não estamos atrás das mesas escrevendo protocolos que não vão ser cumpridos. Nós conhecemos as escolas”, completou.
A coordenadora-geral do Sind-UTE ainda chamou a atenção para a situação caótica dos hospitais em diversas cidades no interior de Minas Gerais. “Patos de Minas, Unaí, João Pinheiro, Uberaba, Uberlândia… Em Monte Carmelo, a prefeitura ficou sem recipiente para usar oxigênio”, disse Denise Romano.
“O que aconteceu em Manaus, nós estamos vendo acontecer aqui agora. O Amazonas foi o primeiro estado a retornar com aulas presenciais, sem testagem, quando nem tinha perspectiva de vacina. Por isso, agora, é mais criminoso ainda. Temos dez vacinas utilizadas no mundo e nós não temos nenhuma”.
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