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Sul

Acusado de receber propina, Richa diz a Temer como sair da crise

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), esteve com o interino Michel Temer (PMDB), antes que acabe o golpe, e levou conselho de como o peemedebista deve lidar com a crise, a partir da experiência do tucano no estado; a tendência é que o interino recrudesça os ataques ao PT e à CUT para se livrar das acusações de que se lambuzou com propinas; assim como Temer, é acusado de receber propina; segundo a Procuradoria Geral da República, que investiga o desvio de recursos da Receita Estadual, o tucano foi beneficiado com a corrupção de auditores do órgão fazendário do estado, o que abasteceu sua campanha em 2014

Brasília - DF, 18/05/2016. Presidente Interino Michel Temer recebe Beto Richa, Governador do Paraná e o Deputado Antonio Imbassahy. Foto: Marcos Corrêa/PR (Foto: Leonardo Lucena)
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247, com Blog do Esmael - O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), esteve ontem (15) com o interino Michel Temer (PMDB), antes que acabe o golpe. Richa levou conselho de como Temer deve lidar com a crise, a partir de sua experiência paranaense. A tendência é que o interino recrudesça os ataques ao PT e à CUT para se livrar das acusações de que se lambuzou com propinas.

O governador do Paraná também é acusado de receber propina para a campanha de reeleição. Segundo a Procuradoria Geral da República, que investiga o desvio de recursos da Receita Estadual, o tucano foi beneficiado com a corrupção de auditores do órgão fazendário do estado. 

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No Paraná, duas operações apuram corrupção e desvio de dinheiro público na construção e reforma de escolas, e outra na Receita Estadual: a Quadro Negro e a Publicano, que, segundo a Justiça paranaense, desviaram dos cofres públicos mais de R$ 930 milhões. Também existe a suspeita que o dinheiro desviado foi encaminhado para campanhas eleitorais de deputados e de Richa.

Com 85% de rejeição no estado, Beto Richa foi um entusiasta da conspiração que derrubou Dilma Rousseff devido à impopularidade da presidente eleita (sic).

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Richa aconselhou Temer, mas não foi de graça. Ele pediu em troca o aval do governo federal para empréstimos internacionais do estado, que somam, juntos, R$ 1,5 bilhão para as áreas de estradas, infraestrutura de municípios e segurança.

O governador do PSDB também pediu, em troca do apoio, a nomeação do ex-deputado Abelardo Lupion (DEM) para a presidência da Itaipu Binacional. No entanto, Temer já havia prometido o cargo para o empresário Rodrigo Rocha Loures (PMDB), pai de seu assessor de gabinete — o Rodriguinho.

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Acusações que pesam sobre Richa

A Operação Publicano identificou um rombo superior a R$ 900 milhões nos cofres públicos e mais de 100 pessoas foram denunciadas por corrupção na Receita Estadual, de acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR). O MP-PR informou que os auditores iam até as empresas e cobravam propina para evitar multas e autuações, que muitas vezes eram inventadas. Se a empresa devia, por exemplo, R$ 5 milhões à Receita, bastaria pagar R$ 1 milhão ao grupo, e o processo seria extinto.

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O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza disse ao MP que o dinheiro era repassado para o ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima, apontado pela Justiça como líder da quadrilha. De acordo com o delator, o ex-inspetor entregava o dinheiro pessoalmente para o empresário Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa. O auditor fiscal relatou ainda que Antoun sabia que o dinheiro era de propina. O primo do tucano se entregou ao Gaeco.

Souza afirmou, ainda, que R$ 4,3 milhões do valor arrecadado em 2014 foram destinados para a campanha de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

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A fraude desvendada pela Operação Quadro Negro atingiu o montante de R$ 30 milhões, com o suposto envolvimento de, ao menos, três construtoras, de acordo com o Tribunal de Contas (TCE-PR) - dinheiro desviado de construção e reforma de escolas da rede estadual de ensino.

Três pessoas investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) mencionaram o nome de Richa. De acordo com uma delas, a assessora jurídica da construtora Valor, Úrsulla Andrea Ramos, a campanha de reeleição do governador e a de outros três candidatos a deputado estadual receberam recursos de dinheiro público, que deveria ter sido gasto em obras em escolas estaduais.

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"Esse dinheiro não ficou comigo, esse dinheiro foi feito repasse pra campanha do governador Beto Richa e pra essas três campanhas. Foi o que ele (Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor) me disse", disse Úrsulla, em delação premiada ao MP-PR.

As campanhas mencionadas seriam a do filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Durval Amaral, Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa (Alep); o deputado estadual Tiago Amaral (PSB); e a de Plauto Miró (DEM).

Outro nome mencionado nos depoimentos prestado aos investigadores é o do secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, irmão do governador. O irmão da vice-governadora Cida Borghetti, Juliano Borghetti – cunhado do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) –, é um dos 15 denunciados por envolvimento no esquema de fraudes.

Os acusados, inclusive Richa, negam irregularidades.

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