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Caso Evandro: governo do Paraná pede desculpa a Beatriz Abagge por sessões de tortura

O pedido ocorreu em 4 de janeiro em um documento assinado pelo secretário estadual de Justiça, Trabalho e Família, Ney Leprevost

Beatriz Abagge (Foto: Reprodução)
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Metrópoles - Após 30 anos da morte do menino Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, no litoral do Paraná, o governo estadual fez um pedido público de desculpas para Beatriz Abagge, uma das condenadas pelo crime.

O pedido ocorreu em 4 de janeiro em documento assinado pelo secretário estadual de Justiça, Trabalho e Família, Ney Leprevost.

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Na carta de desculpas, Leprevost reforça que o ato não irá anular o julgamento que a condenou, mas que repudia qualquer forma de violência que tenha sido realizado para conseguir a confissão.

“Expresso meu veemente repúdio ao uso da máquina estatal para prática de qualquer tipo violência, e neste caso em especial contra o ser humano para obtenção de confissões e diante disto, é que peço, em nome do Estado do Paraná, perdão pelas sevícias indesculpáveis cometidas no passado contra a Senhora. Pedido de perdão este também, simbolicamente, extensivo a toda e qualquer outra pessoa que por ventura tenha um dia sofrido tortura estatal em território paranaense”, escreveu o secretário.

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Leprevost adianta que os pais de todos as crianças desaparecidas no começo da década de 199o irão receber pedidos semelhantes.

“Será enviado um pedido veemente de perdão aos pais dos meninos desaparecidos. Pois, na época dos fatos, o grupo de questionável legalidade designado pelo Estado do Paraná para desvendar quem cometeu os horríveis e covardes crimes contra estas crianças, não só foi incapaz de fazê-lo assim como gerou uma série de danos”, prometeu.

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Em dezembro, a defesa de Beatriz Abagge e outros condenados protocolou um pedido de revisão criminal das condenações pela morte da criança.

O documento apresenta um parecer que, segundo a defesa, atesta a veracidade das gravações que apontam tortura dos então suspeitos para que eles confessassem o crime. Para os advogados, durante os julgamentos em que os três foram condenados, as gravações com as confissões estavam editadas.

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O caso

Em 1992, o desaparecimento e a morte de um menino de seis anos, Evandro Ramos Caetano, em uma pequena cidade do litoral do Paraná, Guaratuba, chocaram o país.

Não só pela brutalidade com que foi assassinado, mas pelos desdobramentos políticos e judiciários.

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Em julho daquele ano, sete pessoas foram presas e confessaram que usaram o menino em um ritual macabro. Mas o caso estava longe de ser encerrado – assim como a culpa daquelas pessoas estava longe de ser devidamente esclarecida.

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