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Moro afirma que advogado de Lula mentiu para pedir suspensão de depoimentos

Juiz federal Sérgio Moro afirmou que o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato, mentiu ao dizer desconhecer os depoimentos do empresário Emílio Odebrecht e do ex-executivo da empreiteira Alexandrino Alencar em seus termos de delação premiada; segundo Moro, os documentos teriam sido anexados ao processo no dia 31 de maio, sendo que Zanin teria acessado os depoimentos na mesma data e no dia 1; "não aparenta corresponder a realidade a afirmação do advogado Cristiano Zanin Martins de que foi surpreendido na audiência de 5 de junho, já que os registros eletrônicos do sistema informam que teve acesso à prova com relativa antecedência", disse Moro

Moro (Foto: Paulo Emílio)
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247 - O juiz federal Sérgio Moro afirmou que o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Lava Jato, mentiu ao dizer desconhecer o teor dos depoimentos prestados pelo empresário Emílio Odebrecht e do ex-executivo da empreiteira Alexandrino Alencar em seus termos de delação premiada. Zanin havia pedido a suspensão dos depoimentos – realizado nesta segunda-feira (5) - junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) com base nesta alegação. O TRF acatou o pedido feito pela defesa.

No habeas corpus apresentado por Zanin, ele alegou que a defesa somente tomou conhecimento dos vídeos durante audiência realizada ainda na manhã da segunda-feira, quando o ex-presidente do PP, Pedro Corrêa foi ouvido pela Justiça. Zanin alegou que não haveria tempo hábil para analisar o material até a realização das oitivas de Emílio e Alexandrino.

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Segundo Moro, os documentos do Ministério Público Federal teriam sido anexados ao processo no dia 31 de maio, sendo que Zanin teria acessado os depoimentos na mesma data e no dia 1. "Assim, salvo melhor explicação por parte da defesa, não aparenta corresponder a realidade a afirmação do advogado Cristiano Zanin Martins de que foi surpreendido na audiência de 5 de junho, já que os registros eletrônicos do sistema informam que teve acesso à prova com relativa antecedência", afirmou Moro em seu despacho sobre o assunto.
O desembargador do TRF que deferiu o habeas corpus, João Pedro Gebran Neto, observou em sua decisão que "eventual prejuízo à defesa que venha a ser constatado em momento posterior acabará por causar maiores transtornos e maior demora no trâmite do processo". Ele também criticou o prazo de apenas meia hora compreendido entre a chegada do pedido de habeas corpus e o início dos depoimentos em Curitiba.

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