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Sul

Paraná tem 170 escolas ocupadas contra MP do ensino médio e PEC 241

Na tarde desta terça-feira (11), pelo menos 176 escolas permaneciam ocupadas no Paraná, além de dois campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); o protesto se soma a uma greve dos professores do Estado; estudantes protestam contra a reforma do ensino médio do governo de Michel Temer e contra a PEC que congela os gastos públicos por 20 anos, inclusive na educação

Na tarde desta terça-feira (11), pelo menos 176 escolas permaneciam ocupadas no Paraná, além de dois campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); o protesto se soma a uma greve dos professores do Estado; estudantes protestam contra a reforma do ensino médio do governo de Michel Temer e contra a PEC que congela os gastos públicos por 20 anos, inclusive na educação (Foto: Leonardo Lucena)
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Paraná 247 - O número de escolas ocupadas no Paraná ultrapassa 170 em protesto contra Medida Provisória do Ensino Médio. As informações dão conta de que, na tarde desta terça-feira (11), pelo menos 176 escolas permaneciam ocupadas, além de dois campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Toledo e em Marechal Cândido Rondon. O levantamento é do movimento Ocupa Paraná.

A MP prevê ampliação da carga horária do ensino médio para 1.400 horas - atualmente são 800, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). A MP prevê redução da carga das disciplinas obrigatórias, dentre elas filosofia e sociologia, e aumento da carga cinco áreas de conhecimento, de acordo com a escolha do aluno: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.

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Críticos do projeto defendem que a proposta visa estimular mais a formação voltada para o mercado do que a formação crítica, reflexiva. Também entendem que o projeto, ao fomentar a formação "mercadológica", tem como objetivo favorecer empresas de educação do setor privado, especialmente as de cursos técnico.

Os defensores do projeto afirmam que, ao dar ao aluno a opção de focar mais em uma das cinco áreas de conhecimento, gradualmente o País terá menos precariedade de formação que atenda ao mercado.

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Greve dos professores

O protesto dos estudantes se soma a uma greve dos professores do ensino básico e das universidades do Estado. Os docentes são contra o pedido oficial do governador Beto Richa (PSDB) à Assembleia Legislativa do Paraná para que os deputados estaduais aprovem mudanças em uma lei condicionando o reajuste salarial anual à "comprovada disponibilidade orçamentária e financeira".

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Na quinta-feira (6), em Cascavel, Richa afirmou que a movimentação dos professores é uma "brincadeira". Um dia depois, na inauguração de uma fábrica em Guarapuava, o tucano disse os estudantes não sabem porque protestam. "Sindicatos ligados a CUT e ao PT, que querem a baderna, usam de forma criminosa as nossas crianças das escolas, que estão nas ruas protestando não sabem nem porque, em uma perfeita doutrinação ideológica", disse.

"Massacre do Centro Cívico"

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A relação entre Richa o sindicato dos professores ficou acirrada em abril de 2015, quando centenas de trabalhadores da educação foram às ruas protestar contra mudanças na Previdência do Paraná. No dia 29 de abril, mais de 200 pessoas ficaram feridas. O episódio ficou conhecido como "Massacre do Centro Cívico".

O projeto tinha como objetivo fazer com que o governo alterasse a forma de custo da previdência. O executivo não passaria mais a arcar sozinho com o fundo. A conta das aposentadorias seri divididas com os próprios servidores, pois o fundo é composto por recursos do Executivo e do funcionalismo.

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Um vídeo divulgado na internet mostra integrantes do governo comemorando o massacre aos professores. Richa recebeu truculência geral da sociedade, como do ex-presidente Lula, do deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), do senador Roberto Requião (PMDB-PR), do colunista Ricardo Noblat, do Globo, entre outras personalidades (leia mais aqui).

Ao instaurar procedimento para apurar os abusos da PM, o Ministério Público Federal (MPF) disse que, durante o protesto, "a Polícia Militar protagonizou cenas de repressão aos manifestantes incompatíveis com a noção de Estado Democrático de Direito". 

O tucano sofreu sua primeira condenação por causa do massacre, e o governo do Estado foi obrigado a pagar indenização (veja mais aqui).

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