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Sul

PM realiza despejo violento de 50 famílias do MST no Paraná

Um grupo de 150 policiais militares fez uma um violento despejo em Querência do Norte, noroeste do Paraná, contra cerca de 50 famílias do MST. Oito comunidades rurais já foram despejadas no Paraná entre maio a outubro deste ano, sob gestão do governador Ratinho Junior (PSD)

(Foto: MST)
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Brasil de Fato - Cerca de 50 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram surpreendidas pela presença de aproximadamente 150 policiais militares na madrugada desta terça-feira (3), em Querência do Norte, noroeste do Paraná.

Por volta das 6h, a Polícia Militar, com 40 viaturas, passou a cercar a área do acampamento Companheiro Sétimo Garibaldi, localizado na fazenda São Francisco. Segundo o MST, o clima é de tensão e conflito iminente, com a pressão da PM para a execução imediata do despejo.

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Helicópteros fazem voos rasantes sobre a comunidade, e cerca de 40 viaturas estão no local.

A comunidade existe há cerca de um ano e meio. As famílias criam gado, suínos e produzem grãos e hortaliças.

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Conforme o advogado das famílias acampadas, Humberto Boaventura, “há notícias de muita arbitrariedade, ilegalidade, truculência, muitos policiais, uso de helicópteros que têm aterrorizado e assustado as famílias que estão lá então. Nós esperamos que ainda durante o dia de hoje haja uma manifestação dos órgãos estaduais para que esses esse despejo ilegítimo seja suspenso”.

Boaventura também afirmou que a ação autorizada pela Secretaria de Segurança Pública apresenta arbitrariedades jurídicas, já que há um conjunto de tratativas de negociação e mediação sobre a área. 

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“Havia a necessidade de aguardar uma manifestação da prefeitura no processo. O prazo para manifestação de defesa ainda estava aberto. Não houve intimação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e há uma divergência a respeito de quem que é o proprietário legítimo essa área. Além disso, há um recurso nosso do Tribunal de Justiça para ser julgado e avaliado”, enumera. 

Oito despejos em cinco meses

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Oito comunidades rurais já foram despejadas no Paraná entre maio a outubro deste ano, sob gestão do governador Ratinho Junior (PSD). Em meio à crise econômica e aos altos índices de desemprego enfrentados pela população, mais de 450 famílias foram expulsas das áreas onde viviam, produziam e tiravam o seu sustento. A ação ocorrida no acampamento Companheiro Sétimo Garibaldi configura o nono despejo. 

As ações ocorrem em desacordo com o funcionamento da Comissão Estadual de Mediação de Conflitos Fundiários, formada pelo próprio governo estadual para avaliar cada situação antes do cumprimento de reintegrações de posse. Também contrariam o pedido aberto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) do Paraná diretamente ao governador, para que houvesse diálogo, não utilização de violência e propostas que considerassem a situação de vulnerabilidade das famílias.

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*Com informações da assessoria de comunicação do MST no Paraná.

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