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Saúde

Caos bolsonarista coloca o Brasil no fim da fila das vacinas contra o coronavírus

País sequer foi convidado para lançar iniciativa global que reúne países como França e Alemanha na luta conta a Covid-19. O motivo: ninguém quer estar ao lado de Jair Bolsonaro

(Foto: Reuters)
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247 – "O Brasil corre o risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra a Covid-19 por uma iniciativa internacional visando acelerar a produção de vacina, tratamentos e testes contra a pandemia e assegurar um acesso equitativo", informa o jornalista Assis Moreira, correspondente do Valor Econômico, em Genebra. Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para lançar a 'Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o coronavírus', no fim de abril.

Enquanto vários governos prometiam juntar forças contra o vírus, que já matou milhares de pessoas, Bolsonaro acusava a Organização Mundial de Saúde (OMS) de incentivar masturbação de crianças, por exemplo, lembra o correspondente. Ontem, Jair Bolsonaro voltou a provocar outra pequena aglomeração em Brasília:

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro e ministros desceram a rampa do Palácio do Planalto, neste domingo, para encontrar apoiadores que se reuniram em uma manifestação a favor do governo, provocando uma grande aglomeração apesar das recomendações de autoridades sanitárias pelo distanciamento social para conter o avanço do coronavírus no país.

Ao contrário de outras ocasiões, em que cumprimentou diversas pessoas em atos semelhantes, dessa vez o presidente usava máscara de proteção e se manteve a uma certa distância dos manifestantes, separado por grades, mas pegou no colo ao menos três crianças para posar para fotos.

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Bolsonaro vai na contramão do que recomendam especialistas ao defender o fim do isolamento social para conter a Covid-19, alegando que os impactos econômicos são piores do que os efeitos da própria doença, que já chamou de “gripezinha”. O Brasil encerrou a semana passada como um dos cinco países do mundo com mais casos registrados da doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, com mais de 233 mil registros e quase 15 mil mortos.

“Manifestação pura de uma democracia. Fico muito honrado com isso. O governo federal tem dado todo o apoio para atender as pessoas que contraíram o vírus e esperamos brevemente ficar livre dessa questão para o bem de todos nós”, disse o presidente em transmissão ao vivo em suas redes sociais durante o ato.

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O ato de apoio ocorreu dois dias após o pedido de demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde com menos de um mês no cargo. Bolsonaro ainda não anunciou o próximo ministro, que será o terceiro em pouco mais de um mês. Luiz Henrique Mandetta foi demitido em abril por discordar do presidente em relação ao isolamento social.

Uma faixa erguida por apoiadores do presidente no ato em frente ao Planalto pedia “Hidroxicloroquina já”. O medicamento, sem comprovação científica de eficácia contra a Covid-19, é amplamente defendido por Bolsonaro para tratar a doença, o que o colocou em rota de colisão de Teich.

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Bolsonaro exaltou durante a manifestação o fato de o ato não conter “nenhuma faixa agressiva a quem quer que seja”. Protestos anteriores de apoio ao presidente foram marcados por faixas defendendo o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) e defendendo o retorno do AI5 — o ato mais duro editada pela ditadura militar.

“Movimento espontâneo, nenhuma faixa que atente contra as instituições ou contra o Estado Democrático de Direito”, afirmou o presidente na transmissão ao vivo em suas redes sociais.

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Havia, no entanto, manifestantes portando faixas contra o STF durante o ato, que percorreu a Esplanada dos Ministérios.

Bolsonaro estava acompanhado no Planalto de diversos ministros, incluindo Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), André Mendonça (Justiça e Segurança Pública) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), além de parlamentares que o apoiam, como o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

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Um dos aliados do presidente segurava um mastro com as bandeira do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel no alto da rampa.

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