Bolívia propõe substituição da OEA, que apoiou golpe no país

TeleSur - No âmbito da Sexta Cúpula de Chefes de Estado da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a ser realizada neste sábado, 18 de setembro, a Bolívia pretende propor o fortalecimento do mecanismo regional como alternativa à Organização dos Estados Americanos (OAS).

Segundo o representante permanente da Bolívia junto à Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luis Arce apoiará sua posição sobre a necessidade de uma organização internacional, uma Celac que reúna questões comuns entre os Estados membros e seja capaz de dialogar com outros mecanismos internacionais.

Diego Pary indicou em entrevista que a América Latina e o Caribe requerem um Celac com a força necessária para o diálogo, a negociação e a articulação com outras áreas.

“A OEA perdeu toda a validade, não tem a autoridade moral nem mesmo a representatividade dos Estados para fazer o trabalho que corresponde à Celac”, destacou o embaixador da Bolívia nas Nações Unidas.

Por sua vez, o embaixador da Bolívia no México, Jorge Crespo, anunciou que o presidente mexicano, Andrés López Obrador, colocará esta iniciativa, que ele mesmo apresentou na versão 21 da Reunião de Chanceleres da Celac, à consideração dos líderes do bloco. , que aconteceu em 24 de julho.

“Acredito que essa OAS não funcione mais, nem mesmo para os Estados Unidos. O Sr. Almagro está tão desacreditado que nem mesmo é conveniente para os EUA que ele esteja liderando a organização”, disse ele.

O México sediará a Cúpula da Celac no próximo sábado, evento para o qual já confirmaram presença 31 dos 33 países da região que o compõem.

Esse mecanismo econômico, político e social serve para o diálogo e o consenso no processo de integração da América Latina e do Caribe.