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Antônio Carlos Silva

Coordenador da Corrente Sindical Nacional Causa Operária – Educadores em Luta e membro da direção nacional do PCO. Professor da rede pública do Estado de São Paulo.

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1º de Maio em defesa da Rússia, de Lula, do salário e do emprego

Para derrotar o imperialismo e a direita golpista, é preciso a unidade, nas lutas, nas ruas, no enfrentamento aos inimigos da classe trabalhadora

(Foto: Reprodução)
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Por Antônio Carlos Silva

O Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora deste ano acontece em um momento ímpar da luta de classes em nosso País e em todo o mundo.

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Em meio a um gigantesco agravamento da crise histórica do capitalismo, os “donos do mundo” o imperialismo, agravaram o sofrimento dos povos de todo o Mundo com sua política diante da pandemia, na qual o regime dos monopólios, que garantiu lucros bilionários para a indústria farmacêutica e um reduzido grupo de bilionários, deixou morrer mais de 6,3 milhões de pessoas em todo o Mundo, cerca 11% das quais no Brasil.

Diante da rejeição dos explorados à sua política neoliberal de deixar milhões morrerem de fome para “socorrer” o grande capital em crise, o imperialismo intensificou sua política de golpes e guerras contra povos oprimidos e, nos últimos meses, trouxe de volta a guerra colonial para a Europa, usando o governo nazista da Ucrânia para tentar aprofundar a dominação do grande capital norte-americano, sobre aquela região e sobre toda a Europa.

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A política da direita imperialista e a covardia de amplos setores da esquerda burguesa e pequeno-burguesa em todo o Mundo, levaram a que a extrema-direita reacionária conquistasse o apoio – além de setores da classe média decadente e do lumpemproletariado – de parcelas dos trabalhadores. Mas essa extrema-direita, que se atrita em certos momentos com os setores mais poderosos do grande capital são – de fato – uma alternativa da burguesia diante do agravamento da crise, para atacar e destruir a organização operária, como se vê nitidamente na Ucrânia, onde os nazistas foram e continuam sendo treinados, armados e financiados pelos Estados Unidos e seus aliados da OTAN para atacar seu próprio povo e o povo russo.

Apontando uma perspectiva para a luta dos explorados do Mundo todo, a luta dos povos oprimidos contra o imperialismo, que não para de crescer, obteve importantes vitórias como a do povo afegão que expulsou os EUA do seu País e, neste momento, tem seu centro na luta das tropas da Federação Russa que avançam contra o governo nazista da Ucrânia, armado e financiado pelos países imperialistas que se mostram dispostos a levar a guerra “até o último ucraniano vivo”, ou seja, a sacrificarem uma parcela do povo ucraniano para defender seus mesquinhos interesses na região.

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Nesse sentido, a defesa da vitória da Rússia e de todos os povos oprimidos contra o imperialismo deve ser uma bandeira fundamental de unidade dos trabalhadores de todo o Mundo, neste 1º de Maio. Deixando para trás toda a política reacionária de setores da esquerda que flertam com o imperialismo, defendendo o fim da guerra de libertação nacional levada adiante pela Rússia, ou buscam encenar uma inexistente posição de neutralidade, na abstrata “defesa da paz”, o que é impossível sem a derrota do imperialismo na Ucrânia e em todo o Mundo.

É essa mesma questão fundamental da luta contra os maiores inimigos da classe trabalhadora, o imperialismo norte-americano, que deve levar o ativismo classista no Brasil e em todo o Mundo a levantar a defesa de Cuba, Venezuela, Nicarágua, Irã e de todos os povos oprimidos contra o regime dos monopólios internacionais.

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Aqui no Brasil, o 1º de Maio se dá no momento em que a burguesia busca impor a terceira etapa do golpe de Estado que, desde 2016, vem fazendo o País retroceder como nunca diante da política de devastação da economia nacional, entrega de nossas riquezas e destruição das condições de vida do povo trabalhador (recordes de fome e desemprego)em proveito dos sanguessugas capitalistas internacionais e “nacionais”.

Ao mesmo tempo, a revolta crescente dos explorados contra essa situação dá lugar a um desenvolvimento ainda embrionário das lutas dos trabalhadores, como se vê no caso das inúmeras greves de professores (pelos 33,24% de reajuste do piso nacional), protestos de servidores, trabalhadores de aplicativos, trabalhadores do transporte e, principalmente, nas combativas greves dos garis do Rio de Janeiro e dos metalúrgicos da CSN, as quais passaram por cima das direções pelegas dos seus sindicatos para realizarem importantes mobilizações.

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Ao contrário das pautas genéricas, sem reivindicações reais, sem propostas de luta aprovadas em nome da “unidade” de setores combativos, como os que integram a base da CUT, com as “centrais” pelegas, o que os trabalhadores precisam neste momento, no 1º de Maio e na próxima etapa é de um programa concreto que aponte para uma alternativa dos trabalhadores diante da situação que inclua a defesa de reivindicações centrais diante da crise.

Contra o roubo dos salários, a luta pela reposição integral das perdas salariais, com aumento emergencial de 50% para todos e o estabelecimento de um reajuste automático dos salários diante da disparada da inflação, um gatilho salarial que garanta a reposição toda vez que a inflação acumular 3% ou o reajuste trimestral.

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Contra o desemprego, um dos maiores flagelos que atinge os trabalhadores e leva à sua desagregação, é preciso levantar a defesa da redução da jornada máxima de trabalho para o máximo de 35 horas semanais, 7 horas por dia, 5 dias por semana, com o fim do banco de horas, terceirizações etc.

Contra toda a ofensiva escravocrata do regime golpista é preciso fazer um chamado à mobilização nas ruas, dentre outras, pela revogação da “reforma” trabalhista, previdenciária e de todas as demais que expropriaram os empregos, salários, aposentadorias etc. e tudo mais que tem a ver com as condições de vida e de trabalho no País.

Deixar de lado a ideia reacionária de que o caminho para conquistar essas reivindicações é esperar pelas eleições e por uma maioria no Congresso que não virá com as eleições controladas pelo regime golpista de direita que teremos pela frente e apontar claramente o caminho da mobilização como a única arma dos trabalhadores para mudar a situação.

Sem o povo nas ruas, sequer será possível derrotar as armações que a direita vai colocar em marcha para derrotar, pela fraude e/ou pela manipulação, golpe etc. a vitória do candidato apoiado pelas organizações de luta dos trabalhadores, o ex-presidente Lula, cuja candidatura, é parte da luta por um governo dos trabalhadores e da luta pelas reivindicações da classe trabalhadora.

Por certo esse tem que ser o centro da luta deste 1º de Maio.

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