CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Emir Sader avatar

Emir Sader

Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

818 artigos

blog

2017 é o ano chave para o futuro da democracia no Brasil

O sociólogo Emir Sader expõe "dois movimentos contraditórios na sociedade brasileira": um, da Lava Jato, "representa a destruição do Estado de direito, a tutela sobre a vida política de membros do Judiciário com o objetivo direto de tirar Lula da vida política e de destruir o potencial econômico do Brasil"; outro "tem no ex-presidente sua referência central, tem a ver com as eleições diretas e o resgate da democracia no Brasil"; "O país não sairá de 2017 o mesmo que entrou. Ou a direita fascista e entreguista consegue blindar o sistema político, impedindo Lula de ser candidato, ou o povo, as forças democráticas, os brasileiros, conseguem desmontar a destruição do Brasil, e garantir que o futuro do país seja decidido pela via democrática das eleições diretas", escreve Emir

O sociólogo Emir Sader expõe "dois movimentos contraditórios na sociedade brasileira": um, da Lava Jato, "representa a destruição do Estado de direito, a tutela sobre a vida política de membros do Judiciário com o objetivo direto de tirar Lula da vida política e de destruir o potencial econômico do Brasil"; outro "tem no ex-presidente sua referência central, tem a ver com as eleições diretas e o resgate da democracia no Brasil"; "O país não sairá de 2017 o mesmo que entrou. Ou a direita fascista e entreguista consegue blindar o sistema político, impedindo Lula de ser candidato, ou o povo, as forças democráticas, os brasileiros, conseguem desmontar a destruição do Brasil, e garantir que o futuro do país seja decidido pela via democrática das eleições diretas", escreve Emir (Foto: Emir Sader)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Entre tantos outros, há dois movimentos contraditórios na sociedade brasileira, os dois muito impetuosos. Um, o da Lava Jato, que não poupa meios para avançar no processo de criminalização da política e de devastação do patrimônio público brasileiro. Os dois correm de forma associada, porque sem a blindagem do golpe e do regime de exceção que ele instaurou, não se poderá seguir no processo de redução do Brasil às dimensões do mercado, do Estado mínimo e da subserviência externa.

O outro movimento tem no ex-presidente Lula sua referência central, tem a ver com as eleições diretas e o resgate da democracia no Brasil.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Os dois campos tem convivido de maneira contraditória, com escaramuças constantes entre eles, projetando um enfrentamento frontal, do qual só um deles pode sair vencedor. Um deles representa a destruição do Estado de direito, a tutela sobre a vida política de membros do Judiciário com o objetivo direto de tirar Lula da vida política e de destruir o potencial econômico do Brasil. Lula, por sua vez, representa a grande possibilidade de retomada da democracia e desse potencial ameaçado pela ação predatória e combinada de membros do judiciário, do governo golpista e da mídia.

A democracia e a ditadura não podem conviver de forma permanente. São duas lógicas antagônicas, que representam elites restritas, uma, à grande maioria da população, a outra. O Brasil hoje está num processo de transição da democracia, rompida com o golpe, para um regime de exceção, de ditadura. Para se consolidar, este precisa blindar o sistema político, porque qualquer consulta democrática ao povo levará ao fim do regime instalado pelo golpe e ao retorno do direito do povo decidir livremente o presidente do país. Lula é o grande empecilho para a blindagem do regime ditatorial.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Na lógica do regime de exceção, se trata de condenar Lula, mesmo sem provas, de forma arbitrária e absurda, partidária, como atua a Lava Jato, nas duas instâncias, querendo com isso tirar o líder político mais importante da história do Brasil, o melhor presidente que o pais já teve, que o povo quer de volta na presidência, da disputa eleitoral. Seria a vitória do arbítrio, da judicialização arbitrária da política, do projeto do capital financeiro aqui dentro e do imperialismo norte-americano, para desmontar o Brasil como potencia, como economia emergente, como modelo de luta contra a miséria no mundo.

Na logica da democracia, se trata de recuperar o inalienável direito do povo decidir pelo voto direto o governo que deve conduzir o pais. Se trata de recuperar o modelo econômico de desenvolvimento com distribuição de renda, de proteger o Estado da dilapidação atual, de resgatar sua capacidade de dirigir a economia e garantir os direitos sociais da massa da população, os empregos dos trabalhadores, a soberania e a dignidade externa do Brasil.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Uma é a logica do capital financeiro, dos ganhos especulativos às custas do desmonte produtivo do pais, do desemprego e da exclusão social. A outra é a logica da produção e da distribuição de renda, da garantia do emprego e da inclusão social. Uma é a lógica dos EUA e sua politica imperial, a outra é a lógica da América Latina e do Sul do mundo.

O país não sairá de 2017 o mesmo que entrou. Ou a direita fascista e entreguista consegue blindar o sistema político, impedindo Lula de ser candidato, ou o povo, as forças democráticas, os brasileiros, conseguem desmontar a destruição do Brasil, e garantir que o futuro do país seja decidido pela via democrática das eleições diretas.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO