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Ricardo Kotscho

Ricardo Kotscho é jornalista e integra o Jornalistas pela Democracia. Recebeu quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo e é autor de vários livros.

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27 milhões sobrevivem com um salário mínimo e Bolsonaro ainda debocha

"No mesmo dia em que o Estadão publica levantamento mostrando que 27,3 milhões de trabalhadores sobrevivem hoje com um salário mínimo por mês, Jair Bolsonaro resolveu fazer uma parceria com o ex-jornalista Alexandre Garcia para debochar dos brasileiros", escreve o jornalista Ricardo Kotscho sobre o vídeo da comparação tosca feita por Garcia entre o Japão e o Brasil

Alexandre Garcia e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia

No mesmo dia em que o Estadão publica levantamento mostrando que 27,3 milhões de trabalhadores sobrevivem hoje com um salário mínimo por mês, o capitão Jair Bolsonaro resolveu fazer uma parceria com o ex-jornalista Alexandre Garcia para debochar dos brasileiros.

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Ao menosprezar nossa capacidade de mudar o país, Garcia afirmou em vídeo que foi compartilhado pelo presidente nas redes sociais:

“Alguém duvida de que os japoneses transformariam isso aqui em primeira potência do mundo em 10 anos?”

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“Isso aqui” é como o ex-global se refere ao Brasil governado pelo ex-tenente, que tuitou em seguida, junto com o link no Youtube:

“Alexandre Garcia: 2 minutos para mudar o Brasil. Essa é para assistir algumas vezes e compartilhar muitas”.

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Nem o guru Olavo de Carvalho tinha chegado a tanto em suas apopléticas agressões ao Brasil e seu povo.

Em apenas quatro anos, desde o golpe de 2016, 1,8 milhão a mais de trabalhadores passaram a ganhar até um salário mínimo por mês.

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Reportagem especial de Douglas Gavras e Erika Motoda traçou o perfil de vários desses sobreviventes desprezados por Jair & Alexandre, que nunca souberam o que é viver com um salário mínimo.

Economista da Consultoria IDados, Ana Tereza Pires, que fez a análise dos dados do IBGE a pedido do Estadão, atribui esses números à explosão da informalidade nos últimos anos, que já atinge a 41,1 milhões de trabalhadores.

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“Sem a estrutura básica que os empregos com carteira assinada oferecem aos trabalhadores, os informais ficaram expostos a condições piores e baixas remunerações.”

É difícil acreditar que os japoneses de Jair & Alexandre estejam interessados em se submeter a essas condições degradantes para salvar o Brasil.

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Não satisfeito em compartilhar essa barbaridade do ex-jornalista, nesta mesma segunda-feira Bolsonaro resolveu cometer outra grosseria com os governadores do nordeste, ao participar do lançamento da pedra fundamental do Colégio Militar de São Paulo, em companhia do parça Paulo Skaf, da Fiesp dos patos amarelos.

“Se quiserem seguir formando militantes e desinformando, tudo bem”, disse Bolsonaro ao criticar o fato de oito dos nove governadores nordestinos não terem aderido ao programa de escolas cívico-militares do MEC.

O ataque bolsonarista veio logo após o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciar um aumento salarial dos professores do Estado para R$ 6,3 mil, enquanto o piso nacional da categoria reajustado pelo governo federal é de R$ 2,3 mil.

A resposta de Dino não demorou:

“Aqui no Maranhão não “inauguramos” pedra fundamental de escola. Aqui a gente inaugura escola. Pronta. Temos cerca de 1.000 obras educacionais. Centenas de escolas novas. Ou seja, enquanto uns gritam e tentam chamar atenção com confusão, estamos trabalhando com seriedade”.

Não precisamos importar trabalhadores japoneses, mas poderíamos seguir o exemplo deles, e investir mais em educação, principalmente nos professores, como faz o governador Flávio Dino no Maranhão.

Vida que segue.

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