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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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A Bolsa levou um grande tombo. E daí? Pergunta Paulo Guedes

A jornalista Denise Assis afirma que "a previsão de uma possível alta de juros no país em resposta à inflação gerada pela escalada de preços de energia no mundo e pela quebra das cadeias de suprimento, gerando escassez de produtos nas prateleiras, e a desaceleração da capacidade produtiva" joga o Brasil "no abismo". "Enquanto isto, Guedes engorda as suas contas"

O ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker | Wilson Dias/Agência Brasil)
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Por Denise Assis, do Jornalistas pela Democracia

A melhor definição veio de um inspiradíssimo Fernando Haddad, que escreveu no seu Twitter: “É antiético manter contas em paraísos fiscais para não pagar impostos. Se a conta é de uma autoridade econômica e foi declarada, pode ser legal, mas é grave. Se houve movimentação financeira é improbidade. Se usou informação privilegiada é crime! Se não apurar, é conivência!!”

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No caso do ministro da Economia (sim, eu disse Economia) Paulo Guedes, flagrado em documentos inéditos revelados pela Revista Piauí, como o proprietário de uma offshore milionária em paraíso fiscal - no que é seguido do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que tem quatro -, é tudo isto junto e misturado. Seria vergonhoso, se eles tivessem o mínimo de sentimento cívico, ou amor ao país a que servem, mas isto é muito cringe, para usar um termo fútil, porém atual, para traduzir o que é ultrapassado, cafona e démodé.

E sabem por que não se importam? Porque hoje (04/10), quando o mercado financeiro no Brasil se descabelava, a Bolsa despencava a tal ponto que o índice Ibovespa fechou a 110.270,56 mil pontos, aprofundando perdas. Uma queda de 2,3% da Bolsa de Valores, no final do dia, em relação à abertura do mercado. Guedes e Roberto Neto comemoraram a entrada de mais dólares em suas contas. Longe, bem longe, das tensões dos brasileiros que operam na Bolsa do país, prestam satisfações ao fisco e sofrem com a queda do Real, a nossa moeda. 

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Para Guedes e Campos, quanto mais o dólar se valoriza, estrangulando o trabalhador, que custeia a escola do filho, coloca gasolina a R$ 7 reais, porque a alta do dólar faz subir o preço dos combustíveis, atrelado que foi ao mercado internacional, mais fica bom para os dois felizes proprietários de contas em dólares, em paraísos fiscais.

Mal dobrou o meio-dia já a Bolsa brasileira acelerou a queda no início da tarde desta segunda-feira. Às 12h50, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário do país, caía 2,41%%, a 110.171 pontos. O dólar refletia a aversão ao risco e subia 1,26%, chegando a R$ 5,4350.

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Ao abrir, o Ibovespa já operava em baixa nesta segunda, diante dos temores de alta prematura do juro nos Estados Unidos e de crise no setor imobiliário chinês. E daí? Perguntariam Guedes e Campos.

As baixas, mais uma vez, estão relacionadas à economia que Paulo Guedes pratica para consumo doméstico. A previsão de uma possível alta de juros no país em resposta à inflação gerada pela escalada de preços de energia no mundo e pela quebra das cadeias de suprimento, gerando escassez de produtos nas prateleiras, e a desaceleração da capacidade produtiva em um momento em que o planeta tenta retomar as atividades econômicas, nos joga cada vez mais no abismo. Enquanto isto, Guedes engorda as suas contas, solta notinha explicativa e tudo fica no seu lugar, graças a Deus.

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