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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

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À busca do candidato

Ao que tudo indica, além de se manter como candidata ao parlamento, a acreana não empolgou os paulistas

Haddad e Marina Silva (Foto: Reprodução/Facebook)
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A recente pesquisa Ipec mostra que, no limite da margem de erro, Fernando Haddad pode ser eleito no primeiro turno, uma vez que o número de indecisos e não-votos é de cerca de 40%, fazendo com que o número de votos válidos seja 60%. Assim, com 29% das intenções de votos dos paulistas, o petista também é candidato a se eleger no primeiro turno, em margem semelhante à que Lula possui no plano nacional. Estariam embutidas algumas falácias das estatísticas? Não, não creio, mas são considerações para balizar a análise das pesquisas de intenção de votos. Tal cenário, ainda que improvável, deveria ser mencionado e servir de parâmetro para a evolução desse não-voto que tende a ir para todos os candidatos até o limite da rejeição de cada um que, no caso de Haddad, é a mais alta de todos os postulantes ao Palácio dos Bandeirantes.

Outra pesquisa recente revela um eleitor apático, pouco interessado na eleição para os legislativos estaduais e federais e que não se lembra em quem já votou no passado. Há que se considerar que os eleitos para a Câmara somam cerca de 40% do total de votos nos candidatos e partidos. Isso devido ao quociente eleitoral e ao limite de se votar em apenas um candidato. Em São Paulo, serão 70 representantes meus, mas posso escolher apenas um. No Senado é diferente, pois posso escolher todos os três representantes. O mesmo limite da Câmara dos Deputados se dá nas Assembleias Estaduais e Câmaras dos Vereadores. Uma possibilidade seria permitir o voto em até 10% dos representantes, com um limite máximo de três nomes. Poderíamos continuar não nos lembrando, mas a representatividade seria muito maior.

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Dentro dessas candidaturas, vemos algumas que chamam a atenção, tanto pelas barreiras de conquistar votos para cargos em “nível maior”, quanto outros fatores intrínsecos da comercialização política. Por exemplo, as articulações da milionária campanha de José Serra à Câmara dos Deputados. Mesmo tendo sido a única voz contra a PEC kamikaze no Senado, o eleitor paulista não se esquecerá que, em todos os cargos que ocupou, nunca cumpriu os mandatos, renunciando antes para alçar voos maiores. As tentativas de intervir nas universidades paulistas quando foi governador também estão ativas em nossa memória. As penas tucanas agora estão mais frágeis, e, com a saúde debilitada, o quase ex-senador corre o risco de amargar uma derrota nas urnas. Até meu querido Eduardo Suplicy, eleito e reeleito vereador em São Paulo, não conseguiu romper a barreira bolsonarenta de extrema direita em 2018 para voltar a ser senador e tenta, agora, uma vaga na Assembleia Legislativa.

Por fim, tenho de agradecer aos espaços de notícias políticas sumarizadas, pois foi somente por meio de um deles em jornalão da capital paulista que obtive a informação sobre o PSOL, no caso, a notícia quando da aceitação, por parte do partido, da candidatura de Marina Silva na chapa com Fernando Haddad, que já virou letra morta, como vimos. Difícil encontrar detalhes sobre tais articulações em outros lugares, quer sejam redes, fóruns, listas, páginas e um longo etc digital. Porém, ao que tudo indica, além de se manter como candidata ao parlamento, a acreana não empolgou os paulistas.

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