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Emir Sader

Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

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A crise diplomática que não houve

"Trata-se de uma crise fabricada pela mídia", indica

Lula na África (Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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Me pedem que eu comente a crise diplomática. Eu pergunto:  Que crise?

Trata-se de uma crise fabricada pela mídia. Lula fez mais uma condenação do genocídio dos palestinos por Israel. Uma afirmação que hoje é assumida de forma generalizada pela grande maioria dos formadores de opinião.     

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Quem pode ficar insensível ao genocídio dos palestinos, prioritariamente, das crianças e mulheres palestinos? As imagens mais hediondas deste século são as das crianças palestinas.

Me pergunto como podem os israelenses olhar para essas fotos, louvadas pela ministra do seu governo, e não sentir profunda culpabilidade pelo que estão fazendo, diariamente, com dezenas ou centenas de mortos. 

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Qualquer ser humano que não se escandalize por esse genocídio, que não aceite chama-lo genocídio, já’ perdeu sua sensibilidade, sua humanidade. Lula fez o óbvio e expressou nossa indignação por tudo isso. Nós nos representamos nele. 

No entanto, de repente os meios de comunicação passaram a fabricar uma indignação na direção contrária. Lula teria faltado ao respeito dos judeus e de todas suas vítimas. Uma interpretação equivocada, sem fundamento, serviu para mobilizar a direita e a extrema direita, no que mais lhes agrada: encontrar eventuais erros do Lula.

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Alguns já encontram as bases dos supostos erros: a improvisação do Lula. Numa atitude irresponsável, o Lula teria passado a falar do conflito mundial mais grave do mundo contemporâneo, para igualar fenômenos diferentes, ofender as vítimas e absolver os culpados.

Outro dos fundamentos dos erros se dariam por Lula ter supostamente desconhecido os sofrimentos dos judeus, que justificariam o genocídio desatado por Israel. 

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 Nada disso se justifica à luz do que realmente Lula disse. Na analise do que ele falou, nos damos conta que Lula nem tocou na palavras holocausto.

Passada a ofensiva inicial dos meios de comunicação, quando os efeitos, no Brasil e nos outros países do mundo, revelam seus verdadeiros efeitos, tudo é positivo para o Lula.

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Fica claro o caráter de fabricação artificial de uma crise, que nem existiu. Mas disso vivem os meios de comunicação. É insuportável para a direita o sucesso do Lula, como Presidente do Brasil e como líder mundial. O sucesso do Lula e o fracasso da direita e da sua mídia. 

A mídia vive de buscar algum suposto escorregão do Lula, buscar desgastar sua imagem pública e, se tem sucesso, afetar sua governabilidade, sua capacidade de dirigir o país, seu prestígio, seu apoio popular.
 

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Vive de gerar crises. Ela gera, depois já passa a entrevistar pessoas sobre a tal crise, a que tratam de dar existência, como se fosse um fenômeno real.  As manchetes passam a mencioná-la. Pronto, a crise existe, o país vive em crise, o governo sofre uma crise.

Primeiro a fazer, então, é desmascarar a suposta crise, é desmontá-la. Será que existe uma crise? O país está em crise? O governo está em crise. Existe uma crise? Que crise é essa? 

E, principalmente, que mídia é essa? Que papel ela tem? De informar as pessoas? De formar a consciência das pessoas? E de se constituir em eixo da oposição ao governo?

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