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Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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A direita derrubou o Goebbels trapalhão

O jornalista Moisés Mendes afirma, sobre o episódio Alvim, que "se tivesse elogiado torturadores e ditadores, como o próprio Bolsonaro e os filhos fazem, se dissesse que a arte nacional seria inspirada no vigor moral do coronel Brilhante Ustra, nada teria acontecido"

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Não se enganem os que acham que Roberto Alvim foi degolado por exaltar os maiores criminosos do século 20. Nem foi mandado embora por pressão da esquerda. A esquerda só bateu tambor e tocou a corneta.
Alvim foi dispensado porque se transformou num estorvo ao exaltar os nazistas. Citou como inspiração um tipo de criminoso que não deveria ser elogiado, não daquela forma.


Se tivesse elogiado torturadores e ditadores, como o próprio Bolsonaro e os filhos fazem, se dissesse que a arte nacional seria inspirada no vigor moral do coronel Brilhante Ustra, nada teria acontecido.

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Alvim montou o teatro da idiotia ao caminhar em direção ao nazismo e mexer com a memória do Holocausto. Acabou sendo um Goebbels trapalhão por um dia.


O cenário do vídeo, o tom assertivo, o texto nazista, tudo induzia a uma farsa: esse é o cara que pretende montar a estrutura fascista – com teatro, método e discurso – da área cultural do governo.

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Alvim fala no vídeo com a certeza de que aquele é apenas sua primeira aparição arrasadora, a sua estreia. Caiu por ser um aprendiz de nazista.
Não teve ninguém ao seu lado para alertá-lo: ataque as esquerdas, elogie torturadores, defenda tudo o que Sergio Moro exalta, mas não caia na tentação de se expor como nazista. Deixe que o nazismo seja algo dissimulado num governo que constrange milhões de judeus por oferecer e ter o apoio da extrema direita israelense.


Alvim é tão ingênuo (não vamos usar a palavra certa, por ser óbvia demais) que não soube lidar com algo elementar. O tema do nazismo é para ser sugerido, e não escancarado pela extrema direita. Mas o imitador imitou até o cabelo e a postura de Goebbels.

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Alvim mexeu com o poder empresarial brasileiro e mundial, com Israel, com os judeus que não aguentam mais ser parceiros de um governo de caráter nazista. E talvez tenha passado do ponto por ser um cara do teatro.
Alvim foi teatral demais e acabou sendo derrubado, não pelos inimigos, mas pelos próprios amigos do bolsonarismo. As esquerdas gritaram e denunciaram o nazismo presente no vídeo, mas não foram as esquerdas que derrubaram Alvim.


As esquerdas não conseguiriam derrubá-lo. O sujeito foi sacrificado pela direita poderosa, que até tolera ver o governo falando de tortura, de ditadura, de arbitrariedades, mas não exaltando o nazismo.
Bolsonaro poderá, já a partir de amanhã, voltar a elogiar Ustra e todos os torturadores seus amigos. Não acontecerá nada.

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