CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Neto Tavares avatar

Neto Tavares

Formado em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Advogado com ênfase em Direito Constitucional

25 artigos

blog

A Encruzilhada

"Este ano de 2020, “clássico” instantâneo das tramas históricas da humanidade, apesar de toda a crise e tragédias que lhe sucedem, está desempenhando um importante papel de acelerar os processos que podem culminar na ruptura em relação ao capitalismo e ao neoliberalismo", diz o autor

(Foto: Jorge Araujo / Fotos Públicas)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

A era pós-Bolsonaro bate à porta do Brasil. “Bolsonaro acabou.” Resta imperativo e indefinido, porém, saber qual das duas vias será tomada nessa turbulenta travessia brasileira – nem Gabriel García Márquez logrou, com sua genialidade, um tal realismo fantástico.

Gênesis ou Apocalipse? Difícil lançar quaisquer prognósticos para a ventura dessa sofrida terra latino-americana. O que alenta, ao menos, é a comoção mundial diante da sociopatia e esquizofrenia bolsonaristas (peço desculpas pelos diagnósticos amadores). O moribundo chefe de Estado brasileiro terá sido o pária dos jornalões e da opinião pública mundo afora na era da pandemia. Fato consumado a ser celebrado: sua destituição imediata é bastantemente reclamada.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O Brasil que chega nesse entroncamento carrega em si diversos problemas psicológicos que começam a datar. Como superar a ansiedade, a depressão, a angústia e o isolamento (ligado à pandemia e à geopolítica mundial)? Vê-se a sociedade brasileira à beira do surto psicótico dada as conjunturas nacional e internacional. Iremos mais cedo ou mais tarde, por consequência, ao divã encarregado de analisar os erros, culpas, delírios e irresponsabilidades cometidos desde do início da década passada. Que Brasil emergirá deste enredo obscuro e incerto? É possível sairmos piores do que já estamos? Superaremos o pesadelo bolsonarista mais sãos? 

Este ano de 2020, “clássico” instantâneo das tramas históricas da humanidade, apesar de toda a crise e tragédias que lhe sucedem, está desempenhando um importante papel de acelerar os processos que podem culminar na ruptura em relação ao capitalismo e ao neoliberalismo. O vírus deixou Bolsonaro e seu projeto genocida nus. Suas máscaras caem cotidianamente. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

É hora, portanto, da pressão progressista-popular para a implementação das medidas que estavam bem longe da linha do horizonte. Taxação das grandes fortunas e dos lucros e dividendos dos bancos, renda universal perene etc. A hora de radicalizar o debate entre o bem-estar social e o capitalismo capenga e ditatorial é agora. Reproduziremos, senão, sagas distópicas à la Orwell e Huxley, com Estados ultra autoritários monitorando cada molécula do nosso corpo. 

Imperioso, pois, sair desta encruzilhada tomando o caminho da emancipação do homem quanto às amarras do egoísmo e do desprezo pelo próximo. É preciso teimar na esperança, lutando e reivindicando o mundo novo que se anuncia. Cabe à gente lúcida, que teimo em achar que é maioria nesse Brasil, apesar de todos os acidentes e erros no percurso que nos trouxe a esse momento-chave, modelá-lo.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO