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Pedro Cláudio Cunca Bocayuva

Professor do PPDH do NEPP-DH/UFRJ

31 artigos

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A humanidade unida na precaução: o primeiro capítulo de uma guerra estranha

Quanto menos desigualdade, quanto menos segregação, quanto mais o estado é social, o bem estar prevalece e as gerações se encontram

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Vivemos um momento de "sursis" global, sem saber o quanto de destruição e qual a capacidade de superação que teremos como espécie, uma vez passada a primeira onda global da nova pandemia. Somos bilhões em isolamento. Juntos na tarefa de salvar vidas. Na aliança social-técnica e humanista que marca o desejo de unir o mundo. A saúde pública é a base do resgate do sentido dos direitos que permitem que a vida seja um valor universal, com sua diversidade reafirmada no plano ético e nos conflitos.

Quanto menos desigualdade, quanto menos segregação, quanto mais o estado é social, o bem estar prevalece e as gerações se encontram. A economia do valor de uso, da renda necessária e da justiça sócio-ambiental aguardam relação com o desenho de um  novo urbanismo. O que salvará a cidade da ignorância monstruosa dos que cultuam o "bezerro de ouro" racista, capitalista, machista e sádico. Ainda bem que somente hordas bestializadas seguem o delírio dos pequenos  narcisistas, dos tiranos mediocres com seus apelos mórbidos e sua escolha pela mentira deliberada como instrumento do governo dos incompetentes.

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No Brasil o anarco-fascismo dos camisas pardas motorizados ainda consegue atrapalhar as medidas necessárias, tanto quanto o sequestro de navios que traziam equipamentos de proteção e de respiração que vinham do outro lado do mundo. O ativismo de extrema direita gosta de fazer a apologia das armas, da tortura e do genocídio. O comportamento suicida dos recalcados se transformou na ação sabotadora das medidas de salvação pública, destruindo o tempo social de preparação das medidas preventivas, protetivas e emergenciais.

Buscar referências de cooperação e solidariedade entre os povos, buscar alianças sociais e tecnológicas, construir novos paradigmas de interpretação, análise e desenvolvimento são tarefas gigantescas. A variação de escalas, a diversidade de intersecções de problemas se ampliou para a busca de soluções. O que abre a necessidade de um novo realismo ético. 

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Como se opor ao movimento fragmentador e regressista que vinha se afirmando como tendência ante ao fracasso do neoliberalismo? Como lidar com o quadro que já impactava a fé na mundial com a questão climática do aquecimento, com a questão dos refugiados, com as guerras e bombardeios, com a crise financeira é com a precarização material moral? 

A miséria no Brasil é uma sintese  do que se passa no mundo. Estamos diante do "deserto do real. A necropolitica nos donuba na visa social, com o genocídio do povo negro, com a violência sobre os corpos e a subjetividade nos territórios. Os lugares sāo atravessados pela aceleração das novas máquinas da guerra cibernética, dos drones, e da máquina viral parasitária destes organismos que insistem em atacar nossas defesas. Os estados de exceção e a emergência sanitária retira arantias, direitos e golpeia a esfera pública fragilizada pela via única do mercado.

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Somente a construção de novas alianças e formas de pactuação vai definir os rumos que tomaremos, como sociedade, frente ao impacto do giro biopolitico com a panemia. A questão é: passada a onda inicial a arte de governar estará novamente no centro da cena global? O certo é que em cada país as novas alianças estarão marcados pela diferenciação entre a morbidez negacionista e a estatística da dor, da perda. O luto deve reaparecer na busca de lidsr com as perdas sem o que não avançamos. 

A capacidade de realizar o luto, assim como a preservação da memória, jogaram um papel decisivo no reencontro de pontos comuns para produzir laços sociais. Os projetos políticos terão de relacionar o conhecimento,  a democracia e o patrimônio comum, estas noções são as noções e fatores culturais decisivos para os novos rumos civilizatórios. As questões da escala planetária exigem uma perspectiva de materialização da dignidade, de tomada de consciência e um horizonte que produza novas formas de ser humano.

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