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Weiller Diniz

Jornalista especializado em cobertura política, ganhador do prêmio Esso de informação Econômica (2004) com passagens pelas redações de Isto É, Jornal do Brasil, TV Manchete, SBT. Também foi diretor de Comunicação do Senado Federal e vice-presidente da Radiobrás, atual EBC.

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A legião eleitoral do mal

O jornalista Weiller Diniz apresenta o que qualifica como "legião demoníaca de Bolsonaro"

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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Por Weiller Diniz

Pelo menos 20 fanáticos da legião demoníaca de Bolsonaro sairão das catacumbas para engrossar a procissão em busca de mandatos populares. Isso impõe uma reflexão sobre o Brasil dos últimos 4 anos. O magote deixa no breu das tumbas os rastros pestilentos de mortes agônicas, a ruína civilizatória, os escombros econômicos, a escuridão social, a devassidão moral, a incapacidade intelectual, a lassidão espiritual, a indiferença cultural e o retardamento mental. Um legado sepulcral circulando com o cinismo proverbial dos malfeitores. Hematófagos que tentarão, na democracia que vampirizaram, alcançar os esquifes do foro especial para escapar das penitências iminentes. Como todas as criaturas diabólicas, eles são ardilosos, tentarão dissimular e até renegar que entoaram o coro mais satânico de todos os tempos, o pandemônio. O abismo da incompetência, malícia, milícia, miséria, mentira, obscurantismo, militarização, genocídio e corrupção.

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O tartufo mefistofélico é Sérgio Moro, cuja doutrinação diabólica no Judiciário entronizou o grande satã no altar máximo da crueldade. Foi recompensado com o esbraseante Ministério da Justiça. Lá ficou por meses ociosos, sem celebrar sequer um exorcismo contra as diabruras de seus amigos da falange ministerial, os filhos ou a mulher do “capetão”. Evangelizou sobre doutrinas fascistas, como a licença para matar e a prova ilícita de boa fé. Qual fé? A má-fé. Agora acende velas para, em vão, se dissociar da possessão maligna. A sordidez das missas mais ocultas vai clareando e esturricando Moro com uma abrasividade impiedosa. As escaldantes labaredas mostram que a Alvarez & Marsal, a quem Moro cultuou como orixá do crime, faturou R$ 65,1 milhões de empresas alvos da Lava Jato, 78% do lucro total dos patrões de Moro, o juiz parcial e incompetente que, agora, já confessa ter comandado a operação. Moro embolsou muito dízimos dessa sacristia demoníaca. Um irremissível pecado ético, de conflito de interesses servindo a dois senhores. Quando foi excomungado do ritual bolsonarista disse à endiabrada Zambelli: “não estou à venda”. A alma já havia sido vendida ao diabo. Hoje é uma alma penada.

A delinquência é sua bíblia ancestral, como magistrado, ministro e candidato. Sérgio Moro sempre agiu como parte interessada e à margem da lei na Lava Jato. Já confessou o vazamento intencional (em nome do “interesse público”) de uma gravação duplamente ilegal da conversa entre a então presidente Dilma Roussef e Lula, que resultou no veto herege do STF à posse do ex-presidente no comando da Casa Civil. O áudio foi captado além do horário autorizado e era estranho à diocese cavilosa de Moro. A magia da ilicitude foi determinante para a profanação de Dilma Rousseff e a futura sacralização de Bolsonaro. Moro também grampeou criminosamente advogados e, em férias, atuou para esconjurar a liberdade do ex-presidente Lula.  Epístolas fraudulentas, além de outras, pelas quais ele foi julgado como faccioso e incompetente. Demonizou a política e hoje tem até salário pago por um partido político, culto que ele prometeu jamais professar. Jamais se penitenciou.

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Moro é uma entidade sombria da bruxaria, da conveniência. O seu rastro é de lama e de crueldades. Vem vivendo das gordas oferendas de seus sacrifícios iníquos do passado.Diálogos mostraram esse espírito obsessor sugerindo inversão de fases da operação, canonizando procuradores, ditando notas ao MP para desacreditar o “showzinho” da defesa, santificando políticos de sua preferência e indicando fontes para encorpar a acusação seletiva. Moro empunhou o tridente tendencioso de acusador, investigador e juiz, carbonizando o sistema judiciário. Em 2004 Sérgio Moro consagrou essas escrituras hereges formalmente, evangelizando uma doutrina da transgressão. O manuscrito incensando a operação “Mãos Limpas” e o promotor Antônio Di Pietro, tornou-se o cânone sagrado dos lavajatistas. Di Pietro foi pilhado com as mãos sujas e o discípulo Moro também. A queda do céu ao inferno de ambos foi vertiginosa.

Outro devoto das perversidades do mundo inferior é Marcelo Queiroga, rima fácil e cavernícola infame. Cobrado por Bolsonaro sobre a benção da Anvisa para vacinação infantil, o sabujo dos umbrais do inferno e aspirante a um mandato, grunhiu como Cérbero: “Melhor perder a vida do que a liberdade”. Retardou com feitiçarias endiabradas o início da vacinação infantil. Não satisfeito com o satanismo que professa, peregrinou atrás uma criança que, supostamente, teria tido uma complicação em consequência da vacina em busca algum pecado dos imunizantes. Vadiagem inútil. Os demônios são trapaceiros, mentem sempre. É mais uma entidade do crepúsculo, que se embriaga em um necrotério invernal de mais de 625 mil mortes, enquanto o caos reina na Saúde, com apagões, desinformação, erros crassos e sabotagens à ciência. Sob seu forcado, após a condenação científica mundial e 2 anos de pandemia dizimadora, o Ministério da Saúde obrou uma nota sobre efetividade da cloroquina e ineficiência das vacinas. Nem os mais heréticos ousariam. É o doutor Henry Jekyll evocando das profundezas o monstro transtornado de Edward Hyde. Queiroga é outra alma penhorada ao diabo, um Pazuello com estetoscópio e jaleco, encharcado do sangue dos inocentes.

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Eduardo Pazuello foi ministro no primeiro pico da pandemia. Responsável pela contratação de R$ 1,6 bi de uma vacina superfaturada, em tempo recorde, sem testes, nunca entregue e com todas as digitais diabólicas do Palácio do Planalto e seu líder no parlamento, o deputado Ricardo Barros. Em 08 de janeiro de 2021, quando desprezava as 170 milhões de doses ofertadas pela Pfizer e Butantan, Bolsonaro enviou uma carta ao primeiro-ministro da Índia pedindo a vacina do laboratório Bharat Biotech, a Covaxin. Dois dias antes de Bolsonaro fazer lobby pela Covaxin, uma empresa abençoada pelo governo já participava de cultos maléficos na embaixada brasileira em Nova Délhi, orando pelas agulhas da corrupção. Era a Precisa Medicamentos, sacerdote do submundo da corrupção e catequista do ex-ministro da Saúde e líder do inferninho, Ricardo Barros.

A incompetência de Pazuello também é vista em números macabros. Ao assumir, em 15 de maio de 2020, eram 14,8 mil mortes e 218 mil casos de infecção. Quando foi expurgado, 10 meses depois, em 24 de março de 2021, eram 301 mil óbitos e 12,2 milhões de casos. Em Manaus, o desabastecimento de oxigênio matou brasileiros asfixiados como nas câmaras de gás. O Ministério da Saúde é um templo de vícios, com a lama, sangue e desídia esguichando o tempo todo. Onde Pazuello desfilou com suas botas lamacentas, levou junto a morte e a desesperança. O mesmo general desperdiçou uma fortuna para estocar cloroquina para anos. O medicamento para o tratamento da Covid-19 não passa de um transe inconsequente com graves efeitos colaterais. Além disso, quase perdeu cerca de 7 milhões de testes em um país marcado pelo déficit de testagem.

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Pazuello foi desautorizado publicamente na aquisição de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, em outubro de 2020. Diante da CPI do Senado, flagrado na blasfêmia, disse despudoradamente: “nunca o presidente me mandou desfazer qualquer contrato”. Referia-se ao “já mandei cancelar, o presidente sou eu” de Bolsonaro sobre a CoronaVac que retardou a vacinação e contribuiu para o aumento no número de mortes. Três dias após o perjúrio na CPI, em maio de 2021, Pazuello esteve em uma missa satânica ao lado de Bolsonaro em um comício no Rio de Janeiro. Militar da ativa em liturgias políticas é sacrilégio. A anarquia foi óbvia e a disciplina militar calcinada. O comando do Exército, acovardado, deu uma resposta mundana, estendeu a mão solidária e estimulou o vício transgressor de Pazuello. A impunidade e a capitulação foram pecaminosas. A devoção silenciosa de Pazuello lhe rendeu um cargo onde não precisa trabalhar. Sob os auspícios da besta será candidato a deputado.

Abraham Weintraub também profanava o que deveria sacralizar: a educação. Foi esconjurado da catedral pagã após cânticos golpistas: “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”, praguejou na sulfúrica reunião ministerial de 22 de abril de 2020. Em abril de 2019, ameaçou incinerar verbas de três federais por promoverem “balbúrdia”, mas foi obrigado a recuar. Sempre insultando, disse que as universidades federais possuíam plantações extensivas de cannabis: “Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas de algumas universidades, a ponto de ter borrifador de agrotóxico”. Deve ter fumado alguma substância tóxica contaminada pelo enxofre das profundezas.

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Íntimo das metáforas sórdidas, bateu boca com um interlocutor na internet sobre a monarquia. “Se voltarmos à monarquia, certamente você será nomeado bobo da corte”. O ex-ministro ofendeu: “Uma pena, prefiro cuidar dos estábulos, ficaria mais perto da égua sarnenta e desdentada da sua mãe”. A falta de educação também ficou evidenciada em sucessivos erros de ortografia, confusões mentais em cálculos matemáticos e um medíocre currículo de pretenso economista. “Durante oito meses eu fui investigado, processado e julgado num processo inquisitorial e sigiloso. Que eu saiba, só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do cafta ou na Gestapo”. O “processo” de estupidificação no Brasil nestes últimos três anos não seria compreendido por Franz Kafka. De volta ao Brasil, após o período sabático no paraíso do Banco Mundial, finge que catequizava entre os rebanhos celestiais e sussurra indiretas ao líder da seita, Jair Bolsonaro. Os inquéritos o espreitam e as chances eleitorais são modestas.

Ricardo Salles foi o demônio do meio ambiente, exterminador de florestas e inimigo da natureza. Sua passagem desastrosa pela pasta foi infernal. A Amazônia incendiou literalmente. Maior desmatamento em 14 anos. Além do aumento da devastação, promiscuidade com madeireiros e garimpeiros, notabilizou-se pela alegoria bovina na mesma reunião ministerial de 22 de abril de 2020. Sugeriu ao rei do gado que o governo abrisse a cancela para “ir passando a boiada” e flexibilizar regras ambientais na surdina, enquanto a pandemia dizimava brasileiros e monopolizava as atenções. Salles implodiu os mecanismos de fiscalização com o propósito de tornar o meio ambiente em um pasto privado da gestão “biodesagradável”. Ele é alvo de um inquérito, autorizado pelo STF, por ter interferido nas investigações sobre a maior apreensão de madeira da história. A PF sustenta que Salles participou de um esquema de tráfico ilegal de madeira. O sigilo quebrado mostrou uma “movimentação extremamente atípica” de R$ 14,1 milhões. O circo pega fogo, é natural.

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Damares Alves também é candidata. Além de possessões delirantes sobre paus e goiabeiras entrará na genealogia da maldade como a sacerdotisa das trevas que agiu para impedir o aborto de uma criança, vítima de um estuprador, e, ladeada pelo bruxo do obscurantismo, Marcelo Queiroga, tentou desqualificar as vacinas explorando outra criança no interior paulista. Na sua prelazia ministerial, centro da magia pesada, gravitaram vários exus menores que amaldiçoavam a democracia em 2020. Alguns adestrados pelo exorcista togado, Alexandre de Moraes. Onyx Lorenzoni ambiciona ser governador. No bispado da escuridão, acendeu e se queimou em muitas fogueiras. Na mais grave exibiu documentos fraudulentos sobre a compra da Covaxin para rebater os irmãos Miranda, os denunciantes. Comparou o perigo das armas de fogo com o risco letal dos liquidificadores e afirmou que os insetos transmitem Covid-19. Por isso era contra o isolamento: “Alguém consegue fazer lockdown de insetos?”, indagou. Talvez os eleitores gaúchos consigam.Era protegido da Lava Jato. Foi até “perdoado” do crime confesso de Caixa 2 pelo anjo do mal, Sérgio Moro e sua turma endemoninhada do Paraná.

A folha corrida com as devassidões da Lava Jato, inclusive blindando seus apóstolos mais desonestos, ofuscou o sermão midiático dos anos de dessacralização da democracia corrompendo instituições e fraudando a lei. Inspirada em diatribes fascistas, contrabandeadas da operação italiana Mãos Limpas, os antecedentes delituosos dos pecadores da Lava Jato assombraram pela reincidência, venalidade e dolo. Deltan Dallagnol, o bruxo do breu da extinta força-tarefa, não passa de uma serpente, encorpando o prontuário de tipificações penais contra si e, por isso, tenta ser deputado para se esconder atrás de um foro especial. Já foi condenado duas vezes no CNMP, tem suspeitas patrimoniais, ficha suja e estaria inelegível. Fez par com Sérgio Moro nas homílias da delinquência e hoje reedita o duo crepuscular na campanha. É a essência do submundo escaldante do purgatório que levou ao poder o pastor do cercadinho, o missionário da morte.

Outro candidato ao manto protetor de deputado federal é o mais íntimo da irmandade maligna, Fabrício Queiroz. Ex-acólito do senador Flávio Bolsonaro, amigo de Jair Bolsonaro, foi apontado pelo MP como operador do esquema das ‘rachadinhas’. Já surgiu outro diabinho, Waldir Ferraz, confirmando a imundice. Queiroz, o senador Flávio Bolsonaro e outros 15 foram espetados por 3 crimes: peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Fabrício Queiroz trabalhou por mais de dez anos em louvor a Flávio Bolsonaro. Um relatório do Coaf identificou movimentações pecaminosas de R$ 1,2 milhão na conta bancária de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Queiroz foi preso em Atibaia em junho de 2020 no tugúrio de Frederick Wassef, então advogado de Flávio Bolsonaro. Depois desencarnou para uma domiciliar junto com a esposa que teve o mesmo benefício, mesmo sendo uma foragida. Pacto miraculoso que só os comensais das ceias infernais podem explicar.

O coro macabro das trevas é engrossado ainda pela capitã Cloroquina, aspirante a um mandato. Mayra Pinheiro foi secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde. A capitã foi responsável pelo TrateCov, aplicativo do ministério que prescrevia cloroquina e outros medicamentos ineficazes para o tratamento precoce contra a Covid-19. Ela também comandou um experimento macabro em Manaus, onde pressionou pelo uso da cloroquina enquanto faltava oxigênio. Em um ofício a Secretaria de Saúde de Manaus estimulou a gestão municipal a usar medicamentos como a cloroquina. E no documento classificou como inadmissível a não adoção da orientação. “Aproveitamos a oportunidade para ressaltar a comprovação científica sobre o papel das medicações antivirais orientadas pelo MS tornando dessa forma inadmissível diante da gravidade da situação de saúde em Manaus a não adoção da referida orientação”.

A caterva é extensa e inclui outros idólatras do bezerro de ouro em busca do paraíso da imunidade: Marcio Frias, Flávia Arruda, Tarcísio Freitas, João Roma, Rogério Marinho, Fábio Faria, Tereza Cristina, Gilson Machado, Janaína Pascoal, Nise Yamaguchi e até um tal Netinho.  A primeira catequese eleitoral do “capetão” em 2020, foi apocalíptica. Todos os candidatos que usaram a logomarca Bolsonaro naufragaram, inclusive a fantasma Wal do Açaí e Rogéria, ex-mulher e mãe da prole problema. O 02, Carlos Bolsonaro, único eleito com o sobrenome maldito, perdeu 34% dos votos desde a eleição anterior. O capitão pediu apoio para 5 candidatos em capitais: São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Manaus e Rio de Janeiro. Os eleitores nesses centros somam 18 milhões de votos. Os escolhidos de Bolsonaro só alcançaram 1,5 milhão de votos, menos do que 10% do total. Apenas 1 avançou para o 2 turno e foi excomungado pelo eleitor, bispo Crivella. O falso profeta renega seus seguidores. Bolsonaro é um vigário pusilânime e, sempre que se vê encurralado, sacrifica seus sacerdotes para proteger o próprio pescoço e o dos filhos. O inferno astral deles está apenas começando. Aqui se faz, aqui se paga.

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