A Revolução Iraniana é um marco histórico do século 20, que repercute até hoje
A Revolução Islâmica iraniana foi resultado de uma rebelião popular enraizada na busca por justiça social, liberdade, dignidade nacional e autodeterminação
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José Reinaldo Carvalho, 247 - A Revolução Iraniana completa em 11 de fevereiro seu 45º aniversário e até hoje a Revolução Islâmica do Irã continua a ecoar como um dos eventos mais impactantes e significativos do século 20. Esta revolução transformou não apenas o Irã, mas reverberou por toda a Ásia Ocidental e mais além.
A Revolução Islâmica iraniana foi resultado de uma rebelião popular enraizada na busca por justiça social, liberdade, dignidade nacional e autodeterminação. Marcou o fim de décadas de regime monárquico, caracterizado por opressão, desigualdade e subserviência aos interesses estrangeiros. Os iranianos, liderados pelo Aiatolá Khomeini, uniram-se na luta contra a tirania, exigindo um governo baseado nos princípios da justiça, dignidade e independência nacional.
Ao longo dos anos, a Revolução Islâmica enfrentou inúmeros desafios, tanto internos quanto externos. Guerra, sanções e pressões geopolíticas não conseguiram minar a resiliência do povo iraniano em defender suas convicções e valores. Apesar das adversidades, o Irã emergiu como uma potência regional, uma trincheira de resistência e independência e inspirando movimentos de libertação na região.
A Revolução Islâmica também desempenhou um papel crucial na promoção da justiça social e na proteção dos menos favorecidos, com a realização de programas de bem-estar social, educação e saúde implementados para garantir que todos os cidadãos pudessem prosperar e contribuir para o desenvolvimento da nação. Além disso, o Irã manteve sua soberania e integridade territorial, resistindo a pressões externas e defendendo seus interesses nacionais.
A República Islâmica do Irã emergiu como um ator central e influente na geopolítica da Ásia Ocidental, desempenhando um papel fundamental na moldagem dos eventos e dinâmicas regionais. Seja através de sua política externa assertiva, sua busca por autonomia e independência, ou sua liderança na resistência contra hegemonias externas, o Irã tem deixado uma marca indelével na região.
Desde a Revolução Islâmica, o Irã tem desafiado a hegemonia ocidental na região, especialmente a dos Estados Unidos. A política externa iraniana busca promover uma ordem multipolar, na qual as nações da região tenham uma voz significativa. Isso se reflete em sua posição em questões-chave, como o conflito palestino-israelense, onde o Irã tem sido um firme defensor dos direitos palestinos.
O Irã se destaca como um dos principais opositores das intervenções estrangeiras na Ásia Ocidental. Seja na Síria, no Iraque, no Líbano ou no Iêmen, o Irã tem apoiado movimentos de resistência contra a interferência externa, enquanto busca promover soluções políticas baseadas no diálogo e na soberania nacional.
O Irã tem buscado ativamente parcerias e alianças com outras nações que compartilham interesses comuns. Isso inclui a cooperação nos planos político, econômico e de políticas de segurança que visam promover a estabilidade e o desenvolvimento regional, enquanto reduzem a dependência das potências ocidentais.
A República Islâmica do Irã desempenha um papel multifacetado na geopolítica da Ásia Ocidental. Sua busca por autonomia, independência e justiça tem ressonância não apenas dentro do Irã, mas em toda a região, desafiando as estruturas de poder estabelecidas e promovendo uma ordem mais equitativa e inclusiva.
Recentemente, o Irã despertou interesse internacional ao anunciar sua adesão aos BRICS, um bloco econômico composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Essa decisão contribui para seu fortalecimento nacional e a construção de um mundo multipolar.
Sua adesão aos BRICS é um movimento para diversificar suas parcerias econômicas e diminuir sua dependência dos mercados tradicionais ocidentais, especialmente em meio a sanções e pressões internacionais.
Do ponto de vista geopolítico, a adesão do Irã aos BRICS pode ter repercussões significativas. Isso pode fortalecer os laços entre o Irã e outras potências regionais e globais, como Rússia e China.
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