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Leopoldo Vieira

Marketeiro em ano eleitoral e técnico de futebol em ano de Copa do Mundo

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Aécio significa ir da classe C à classe E sem escalas

E o povo escolheu a polarização entre trabalhismo e neoliberalismo. Ao fim, valeram a força dos partidos, as alianças, os palanques, da base social, e das ideias e propostas claras

E o povo escolheu a polarização entre trabalhismo e neoliberalismo. Ao fim, valeram a força dos partidos, as alianças, os palanques, da base social, e das ideias e propostas claras (Foto: Leopoldo Vieira)
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E o povo escolheu a polarização entre trabalhismo e neoliberalismo. Ao fim, valeram a força dos partidos, as alianças, os palanques, da base social, e das ideias e propostas claras.

Marina surfou num voto útil anti-PT que logo arrefeceu. E só surfou porque vestia as roupas e as armas do programa tucano. Digamos que ela teve seus minutos de polo.

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Com o Congresso composto de modo ainda mais pulverizado, demarcação de campo e posições firmes e claras serão a salvação e, mesmo que oficialmente PSB, PPS, PV, Rede tenham declarado apoio a Aécio, não tenho dúvidas de que estado a estado, lideranças comunitárias, sindicais, prefeitos, vereadores, deputados eleitos e não-eleitos, dirigentes partidários, estarão com Dilma à revelia das cúpulas nacionais e, mesmo, estaduais . Estes sabem, no chão onde pisam, legislam, lutam e governam, que a vida melhorou e que os entes federados foram viabilizados pelos 12 anos de PT depois da bancarrota fiscal da Era FHC. E é legítimo da nossa democracia - tanto quanto o voto personalizado e a existência de coligações locais distintas das nacionais - buscar palmo-a-palmo estes apoios.

O lado "disputa social" desta moeda é que a chave da situação eleitoral reside na classe C. Ela é a principal expressão da década "ganada" brasileira e foi penetrada pelos fantasmas midiáticos da volta da inflação e do terrorismo com o crescimento econômico, gerando temeridades quanto ao futuro. Isso quer dizer que esta volta eleitoral será decidida na base da politização e polarização ainda maior e será decidida no seio do povo. Então, a primeira coisa é repor a verdade.

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Em 2002, no fim dos anos FHC, a inflação estava fora da meta. Meta esta que Armínio Fraga (presidente do BC) projetou. E Meta de Inflação é uma invenção (importada) tucana, diga-se. Os juros bateram 45%. Armínio Fraga é o senhor que Aécio "nomeou" ministro da Fazenda em seu governo.

A inflação média e acumulada do ano, neste momento, está em 6,5%. No governo FHC, em 2002, foi de 5,19% só em novembro! O acumulado do último ano da história com um tucano à frente do país foi de 12,51%, o dobro (dobro!) da atual inflação. O governo da presidenta Dilma tem uma média que bate todos os ex-presidentes pós-redemocratização e em apenas quatro anos: 6,5% contra 586% de Sarney, 735% de Collor, 1.519% com Itamar, 9,3% de FHC e até mesmo os 7% de Lula. O anúncio de inflação fora da meta deste 08/10 diz que ela é a maior desde... 2011! Ora! A comparação é com governo Lula!

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E quando o assunto vira desemprego, do que Aécio fala se dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados em 2014, revelam que, em quase quatro anos de mandato, o governo Dilma gerou 5.052.710 empregos formais? Ela bate os 5.016.672 que FHC conseguiu criar em oito, oito anos! E, atualmente, é com salário mínimo valorizado.

Aí, então, discute-se média de crescimento entre os governos FHC e Dilma e, mesmo sendo uma comparação sinistra, onde oito anos se confrontam com quatro, há que ser dito que o Produto Interno Bruto brasileiro (PIB) era de 1,48 tri em 2002 e, em 2013, foi de 4,84 tri. Por isso, o crescimento não é alto, mas tem um elevado impacto social na manutenção de empregos e na absorção da População Economicamente Ativa (PEA). Comparar 1% de crescimento do Brasil com o de Honduras, por exemplo, é simplesmente ridículo.

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Só que este crescimento de elevado impacto social só é possível por que o tripé macroeconômico está a serviço dos empregos e salários e não o oposto, como propõem os tucanos. Por isso que, ao invés de promover cortes no orçamento, especialmente na área social e infraestrutura, que se retroalimentam em geração de emprego e renda, usa-se o Fundo Soberano, que existe para ser anti-cíclico. É quando os tucanos falam em "contabilidade criativa". O que seria, então, uma "contabilidade tapada"? Implementar "medidas impopulares" e condicionar programas sociais ao ajuste fiscal, como declararam, respectivamente e um dia desses, Aécio e Gianetti.

O Plano Real (estabilidade da moeda) foi viável por dois motivos. Primeiro, pela abertura comercial indiscriminada, juros galopantes e superávit + privatizações e terceirizações. Segundo, pela expansão do crédito, consumo, investimentos, alicerçados nos empregos e salários. De 1995 a 2002, prevaleceu o primeiro rumo e o resultado foram manchetes da Folha de SP revelando que o país possuía já 50 milhões de indigentes. De 2003 a 2014, as notícias são de que se gerou 20 milhões de empregos, 28 milhões deixaram a extrema pobreza e 36 milhões alcançaram a classe média.

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E o futuro?

A aprovação do projeto que assegura a destinação dos recursos dos royalties do petróleo para a saúde e educação vai direcionar mais R$ 179,1 bilhões para reforçar o investimento nas duas áreas até 2022, segundo cálculos da consultoria da área de minas e energia da Câmara dos Deputados. Com planejamento, gestão e cooperação federativa, isso será a sonhada revolução no SUS e na educação básica e superior. Será a segunda etapa da realização do Sonho Brasileiro, pois a primeira já foi cumprida: combinar estabilidade, crescimento e distribuição de renda.

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A saída do Brasil do Mapa da Fome mostra a capacidade de gestão deste governo. Já o PSDB, quando governou, produziu indigentes e, agora, Aécio quer voltar ao regime de concessão da exploração do petróleo, de FHC. Isto é entregar este futuro aos países do G7. Antes disso, com suas "medidas impopulares", extirpará a parte de crescimento e distribuição de renda do nosso Sonho e voltaremos à estaca zero. Em outras palavras: da classe C à classe E sem escalas.

Nota:

Aqui é utilizada a divisão de classe por renda, do IBGE, onde a classe A é a que ganha acima 20 possui, a B de 10 a 20 salários mínimos, a C de 4 a 10 salários mínimos, a D de 2 a 4 salários mínimos e a E até 2 salários mínimos.

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