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Celso Raeder

Jornalista e publicitário, trabalhou no Última Hora e Jornal do Brasil, é sócio-diretor da WCriativa Marketing e Comunicação

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Afinal, quando começa esse governo?

Até agora, Jair Bolsonaro não sinalizou qualquer política para o segmento, e olha que estamos falando de um país que deveria ser um imenso canteiro de obras, tamanha as necessidades e urgências

Afinal, quando começa esse governo? (Foto: Alan Santos - PR)
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O mês de janeiro acabou e o governo ainda não começou. E temo que esse cenário se prolongue por todo o ano de 2019, com aquele bando de patetas se limitando a frases de efeito, numa retórica interminável de campanha eleitoral. Até agora não foi emitido nenhum sinal a respeito da geração de empregos, salvo os arranjos que acomodaram parentes e amigos em cargos com salários exorbitantes. Os tais investidores estrangeiros que o ministro Paulo Guedes prometeu atrair, pela dilapidação do patrimônio que sobreviveu ao feirão tucano, não passam de chacais em busca de papéis baratos, que farão fortunas da noite para o dia, sem que um real seja aplicado no setor produtivo. Tamanha incompetência, no entanto, se esconde no estratagema da necessidade da reforma da Previdência, como se o problema fosse os R$ 998 pagos a 25 milhões de aposentados que ganham salário mínimo. Mas, uma vez concluído o holocausto previdenciário, inventarão novas "necessidades urgentes para que o país possa crescer".

E assim, de empulhação em empulhação, o governo Bolsonaro vai cavando ainda mais fundo o abismo social que separa a elite brasileira dos despossuídos. O acesso à universidade acabou para os pobres. Trabalho, só se for precarizado ao ponto de quase escravidão. Direitos humanos agora é uma questão entre o azul e o rosa. Nem os Estados Unidos aguentam mais Donald Trump, mas aqui é endeusado no Palácio do Planalto. Os principais líderes mundiais trataram Jair Bolsonaro e comitiva com desprezo, e fez mesmo por merecer mediante aquele discurso pífio em Davos.

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Enquanto isso, os números do desemprego não param de crescer. O setor de construção civil, destroçado por Sérgio Moro, corresponde a quase 7% do PIB nacional, absorvendo a mão-de-obra de aproximadamente 13 milhões de brasileiros. Até agora, Jair Bolsonaro não sinalizou qualquer política para o segmento, e olha que estamos falando de um país que deveria ser um imenso canteiro de obras, tamanha as necessidades e urgências.

O negócio do cara é distribuir armas para a população, cancelar multas ambientais que estimularão a negligência de empresas nocivas ao ecossistema, incluindo aí o agronegócio, beneficiado pela liberação de venenos que vão parar diretamente na mesa do brasileiro. Tudo isso temperado a babaquices do tipo "vamos acabar com os comunistas", referindo-se ao período em que banqueiros e industriais da Fiesp se entupiram de dinheiro. Que comunismo é esse?

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Quanto tempo esse governo vai se sustentar, sem enfrentar a reação de reprovação das ruas, ainda é incerto. Mas percebo que a ficha está caindo, e o cidadão desempregado, iludido com a enxurrada de fake news e a lavagem cerebral do seu líder religioso, já compreendeu que o lero-lero de cartilha gay não vai encher a barriga dos seus filhos. Se Bolsonaro acha que o brasileiro é igual o sapo que morre sem perceber o aumento da temperatura da panela, pode tirar o cavalinho da chuva, taokey?

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